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Rico Dalasam conquista público com misto de rap, gírias gays e cultura afrobrasileira

Passados apenas dois anos, Rico rodou o Brasil (de avião). O cantor se tornou ícone, mas somente agora lança o primeiro disco, “Orgunga”. O objetivo do álbum é servir como arma para que vários outros jovens das periferias do país conquistem a segunda parte dos seus objetivos: o fim de todos os preconceitos.

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“Mesmo nesta época em que muita gente se associou com o retrocesso, a gente continua agindo por conta própria e o público continua respondendo bem. Ninguém pode tirar esse diálogo com o público de nós”, afirma ele.

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Dalasam afirma estar “na outra ponta da cultura que está aí, nos conchavos”. Em “Orgunga” o cantor prova que sua música é diferente, uma união de rap muito bem remixado, cultura afrobrasileira e gírias gays (“dar close”, “bee”, “lacrar” e muitas outras). A mistura dá certo.

O som e as letras – todas elas fruto de composições autorais – são mais maduras que as do EP “Modo Diverso” (2015). Das seis faixas do ano passado, só uma chegou ao álbum: “Riquíssima”, agora em versão remix por Mahal Pita (do BaianaSystem), que inseriu berimbaus e batidas elétricas às rimas de Dasalam.

“Quando fiz ‘Riquíssima’ ela era uma visão de um lugar onde eu queria chegar. E funcionou quase de forma profética: viajar de avião direto, conhecer outros países com a música”, diz Rico.

A melhor faixa do disco é a dançante e radiofônica “Relógios M2” – a menos rap das 10 canções. Entre as rimas ácidas de Dalasam se destacam “Mili Mili”, um jogo de palavras tão rápido que soa quase ininteligível, e a setentista “Norte”, que evoca Tim Maia.

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Em vez de se dedicar a armas e desperdício de dinheiro, o rapper leva suas rimas para o amor em “Drama”, e quando fala de luta é apenas para que as pessoas deixem de lado as exclusões. “Aceita que onde ninguém foi / Eu vou tá”, diz no ótimo single “Esse Close Eu Dei”.

Veja o clipe de «Riquíssima»:

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