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Com elenco internacional, ‘Zoom’ critica busca de padrões estéticos

Nada é o que parece em “Zoom”, o que faz algum sentido quando o tema do filme é justamente a quebra da lógica das aparências. “Esse é um tema que sempre mexeu comigo. Sempre reparei que as pessoas muitas vezes perdem a própria identidade quando tentam seguir um padrão”, diz o diretor Pedro Morelli.

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As três histórias do longa, que estreia nesta quinta-feira (30), brincam com isso. A insegura Emma (Alison Pill) sonha em ter seios fartos e projeta seus desejos em uma história em quadrinhos que escreve. Enquanto isso, o arrogante cineasta Edward (Gael García Bernal) tenta fazer um filme de arte enquanto lida com o fato de seu pênis ter encurtado. Por fim, a modelo Michelle (Mariana Ximenes) contraria o marido Dale (Jason Priestley) para provar ser mais que um rostinho bonito e desabrochar como romancista.

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“Todos eles são marionetes. Todos são vítimas dessa sociedade das aparências e, ao longo do filme, percebem que estão sendo estúpidos de deixarem alguém controlar a vida deles”, diz Morelli.

O segmento que mais desperta a atenção de “Zoom” é o de García Bernal, cuja história é contada em animação ao estilo de “Waking Life” (2001), filme-cabeça de Richard Linklater no qual atores surgem na tela em forma de traços.

“Desenhamos todos os quadros para dar a sensação de terem sido feitos à mão, já que essa é uma animação que se passa dentro de uma HQ. Foram mais de 20 mil deles”, afirma o diretor, que exalta o fato do filme ser um exemplar único dentro do que se tem feito no cinema nacional.

“Uma vez que a gente já tem uma indústria começando a se estabilizar, a gente tem liberdade de experimentar. Sinto que é o momento de tentar coisas novas”, diz ele.

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Veja o trailer:

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