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Musical conta a trajetória de Chacrinha e revive os tempos do ‘Cassino’

“Oh, Terezinha, uhuu! Vocês querem bacalhau?” José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, morreu há 26 anos, aos 70. Mas, seus bordões e seu jeito irreverente permanecem frescos na memória do público. O Velho Guerreiro volta agora à cena, incorporado no ator Stepan Nercessian no musical que estreia nesta sexta-feira, no Teatro Alfa, retratando etapas da vida do maior comunicador do rádio e da TV brasileira.

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Com texto de Pedro Bial e Rodrigo Nogueira e direção de Andrucha Waddington – que faz assim sua estreia teatral –, “Chacrinha – O Musical” segue a trajetória do Velho Guerreiro desde sua infância, em Surubim (PE), até o auge da carreira no comando do “Cassino do Chacrinha”, na TV Globo.

“É sonho de consumo de quem escreve ver seu delírio materializado. Aliás, foi o que Chacrinha fez: materializou todo o delírio”, define Pedro Bial. Para ele, Chacrinha foi o “primeiro palhaço eletrônico do país”.

“Acho que nunca mais teve um palhaço eletrônico tão bem sucedido quanto ele. Além de ele ser um artista com uma imaginação absolutamente fora do comum, febril, uma grande fantasia”, completa Bial, que ainda faz graça: “Eu ia ver o programa do Chacrinha como estudante. Fui umas cinco vezes aos estúdios na Urca. Interessado no Chacrinha e nas chacretes também!”

Dividido em dois atos, o musical mostra episódios biográficos – como a infância difícil após a morte do pai, a bipolaridade e a obsessão pelos números de audiência – e momentos líricos e de alegria, como os números musicais no “Cassino do Chacrinha”, as buzinadas, as chacretes e o Troféu Abacaxi, dado aos calouros. No palco, são revisitadas 73 músicas de artistas que se consagraram no programa, como Titãs, Sidney Magal e Rosana, entre outros.

“O Chacrinha, para mim, era o rei da liberdade. Eu nunca imaginei que ficaria tão parecido com ele, inclusive, eu me achava bonito para caramba!”[risos], brinca Stepan Nercessian.

O ator volta aos palcos após 15 anos impressionando com sua caracterização como o Velho Guerreiro. Ele divide o papel com Leo Bahia, revelado na versão brasileira do musical “The Book of Mormon”, que interpreta o personagem na fase jovem.

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“A composição, com peruca e figurino, ajudou demais a chegar lá. Mas, sinceramente, eu fiquei muito surpreso. Eu não forcei a voz, nada. Mas, quando chega ali, você pega o espírito dele, as coisas que ele fala, o programa dele, naturalmente vai chegando a esse registro que eu mesmo nem notava”, conta.

Serviço: No Teatro Alfa (r. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro, tel.: 5693-4000). Estreia nesta sexta. Qui., às 21h; sex., às 21h30; sáb., às 16h e 20h; dom., às 19h. De R$ 50 a R$ 180). Até 26/7.

 

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