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Pesquisa revela que a desinformação pode ter impacto direto no cérebro

O estudo revela dados alarmantes sobre como conteúdos de desinformação atuam na propagação de informações falsas.

Celular
Representação (Imagem de DrMedYourRasenn por Pixabay)

Uma pesquisa realizada recentemente por pesquisadores brasileiros chama atenção ao apontar dados alarmantes sobre a eficácia de conteúdos de desinformação (Fake News) sobre o cérebro das pessoas.

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Mapeando elementos que acionam gatilhos mentais, o estudo realizado por pesquisadores do Programada de Doutorado em Direito da Universidade de Brasília (UnB) e do Mestrado em Comunicação Digital do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), chegaram à conclusão de que, em média, 1 a cada 6 pessoas compartilharia conteúdos de desinformação mesmo reconhecendo se tratar de uma notícia falsa.

Segundo o estudo, o efeito em questão ganha proporções ainda maiores quando as mensagens de desinformação são atribuídas a figuras de autoridade, como líderes religiosos ou políticos. Isso também faz com que o público acredite mais facilmente no conteúdo, facilitando o compartilhamento.

Conteúdos de desinformação em vídeo são os mais compartilhados

De acordo com o estudo, realizado em setembro de 2024, conteúdos de desinformação no formato de vídeo são os mais compartilhados pelos internautas, representando uma tendência média de compartilhamento de 31,75%.

Além disso, conteúdos capazes de evocar fortes emoções, como raiva, medo ou indignação, também apresentam uma maior probabilidade de serem compartilhados. Temas morais e emocionais tem impacto ainda maior.

Para José Jance Marques Grangeiro, um dos coordenadores responsáveis pela pesquisa, um dos objetivos do estudo é desmistificar o fato de que quem “compartilha fake news” são pessoas “sem acesso à informação ou ingênuas”.

“Pelo contrário, o compartilhamento é uma forma de se conectar com outros indivíduos que compartilham as mesmas crenças. As pessoas repassam as fake news para ter algum tipo de reconhecimento social, mesmo em microcosmos, como grupos de WhatsApp”.

Segundo o pesquisador, ao conhecer e compreender a forma como esse tipo de mensagem atua no público é uma forma eficaz de traçar estratégias para evitar a desinformação. “As técnicas utilizadas para disseminar desinformação podem ser adaptadas para a produção de conteúdo legítimo, ampliando o alcance de mensagens verdadeiras e promovendo um debate público mais saudável”, finaliza.

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