Nos Estados Unidos, uma iniciativa para acolher pessoas em situação de rua tem inspirado projetos similares em várias partes do mundo. A segunda reportagem da série especial do Jornal Nacional revela a realidade de mais de 600 mil pessoas vivendo nas ruas do país com a maior economia do planeta.
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Histórias de vida e desafios
Sherelle, uma mulher que recentemente saiu da prisão, é um exemplo da crise. Após perder o emprego e o carro, ela não conseguiu pagar o aluguel e acabou morando na rua. Agora, acampa no centro de Houston, no Texas. Kris Donaldson, uma assistente social, visita esses acampamentos para oferecer kits de necessidades básicas e ouvir histórias como a de Sherelle. Kris relata essas histórias para Ana Rausch, uma assistente social nascida em Belém do Pará, que coordena os fundos federais destinados a proporcionar moradia às pessoas necessitadas.
Ana destaca a importância de entender as necessidades de cada pessoa em situação de rua. Ela trabalha em um abrigo para mulheres e questiona o que leva algumas pessoas a viverem na rua. Sua curiosidade transformou-se em um propósito de vida, e ela agora administra recursos para ajudar essas pessoas.
Iniciativas de acolhimento
A política “housing first” do governo americano, que prioriza oferecer moradia antes de outras assistências, tem mostrado resultados positivos. Yolanda Jackson, outra assistente social, atende pessoas com deficiências e transtornos pós-traumáticos. Fredrick Harris, um veterano de guerra, foi um dos beneficiados. Ele conseguiu se reerguer e agora vive em um apartamento, após receber ajuda da organização de Yolanda.

Um exemplo notável é o Community First Village, fundado por Alan Graham. Esta comunidade oferece pequenas casas e cozinhas comunitárias para incentivar a interação e o apoio mútuo. Moradores como Blair, um dos primeiros a se mudar para lá, ajudam a manter o espírito comunitário, garantindo que todos tenham acesso à comida e suporte.
A crise de moradores de rua nos Estados Unidos é alarmante, com mais de 650 mil pessoas sem moradia. Em cidades como Nova York, onde todos têm direito a um abrigo, muitos preferem ficar nas ruas devido à violência nos abrigos. A história de Juan, roubado em um abrigo, ilustra esse problema. Outras pessoas, como uma mulher fugindo de um casamento abusivo, também enfrentam desafios semelhantes.
Fonte: G1