O American Journal of Case Reports divulgou, em 21 de junho, um caso raro em que uma bebê de um ano tinha o feto de seu irmão gêmeo armazenado em seu crânio.
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A desconfiança ocorreu pois a mãe chinesa notou um atraso na fala e nas habilidades motoras da filha e resolveu levar a menina para um check-up completo.
“Ela só conseguia dizer a palavra ‘mãe’ e não conseguia ficar de pé. Além disso, a cabeça dela vinha crescendo cada vez mais”, disse a equipe médica na divulgação.
A anomalia é conhecida como o fetus in fetu (FIF) e também chamada de gêmeo parasita. Neste caso em específico o feto media 18 centímetros e chegou a desenvolver braços, cabelos e olhos.
De acordo com o site ‘Metrópoles’, a condição é considerada rara. Existem apenas 20 casos conhecidos em que o feto se desenvolveu no crânio do irmão gêmeo, pois o mais comum é o desenvolvimento no abdômen da criança.
A condição ocorre pelo desenvolvimento de um resquício de embrião ou feto dentro do corpo do irmão gêmeo, com no caso de irmãos gêmeos siameses, mas nesse caso com a absorção de um corpo pelo outro.
Conforme relatado no texto, mesmo sem saber dos gêmeo parasita, os médicos já desconfiavam de algo incomum com a bebê, já que o diâmetro da sua cabeça era considerado grande demais.
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A cabeça da criança chegou a ter 57 centímetros de circunferência, maior do que a de um bebê com o dobro da idade dela.

Exames identificaram o feto
A partir de uma ressonância foi possível observar que uma ‘cápsula’ de defesa foi formada ao redor do feto pelo corpo da bebê. A principio, os profissionais acharam que se tratava de um grande tumor. Contudo, outros exames mostraram a presença de ossos, revelando ser um feto com má formação.

Bebê não sobreviveu à cirurgia de retirada
Uma cirurgia para a retirada precisou ser feita pois o feto comprimia cérebro da bebê, causando uma hipertensão craniana. Além do parasita, os médicos também identificaram diversos tumores que se desenvolveram ao redor dele.
A estatística de morte neste tipo de caso é comum e a bebê não resistiu. Ela chegou a sobreviver à cirurgia, contudo, ainda sob efeito da anestesia, passou a convulsionar, falecendo duas semanas depois.