Um curta metragem de 45 segundos alcançou mais de 1,6 milhões de visualizações e emocionou milhares de pessoas. No vídeo uma garota afegã diz temer “morrer lentamente na história” e fala de forma emocionada sobre a maneira como o restante do mundo trata seu país.
O curta surgiu antes do grupo radical garantir o controle do Afeganistão no domingo passado, dia 15 de agosto. Conforme noticiado pelo The Mirror, o vídeo foi postado por Masih Alinejad no Twitter. A identidade da menina que aparece nas imagens permanece desconhecida.
Em meio a lágrimas é possível ouvir a garota dizer: “Não consigo evitar o choro. Ninguém se importa conosco. Vamos morrer lentamente na história. Não contamos por que nascemos no Afeganistão”.
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"We don't count because we're from Afghanistan. We'll die slowly in history"
— Masih Alinejad 🏳️ (@AlinejadMasih) August 13, 2021
Tears of a hopeless Afghan girl whose future is getting shattered as the Taliban advance in the country.
My heart breaks for women of Afghanistan. The world has failed them. History will write this. pic.twitter.com/i56trtmQtF
Secretario geral das Nações Unidas mostra preocupação com a situação no Afeganistão
António Guterres, Secretário geral da Nações Unidas, se pronunciou sobre a situação do Afeganistão: “O Afeganistão está saindo do controle”. Ele também reforçou que os principais afetados pelo conflito são as mulheres e crianças do país.
Outro ponto de atenção para o secretário são as restrições que podem impactar diretamente sobre os Direitos Humanos. Ele afirmou estar “profundamente perturbado com as primeiras indicações de que o Talibã está impondo severas restrições aos direitos humanos nas áreas sob seu controle, particularmente visando mulheres e jornalistas”.
Ele ainda reforça sua declaração dizendo que é “particularmente horrível e doloroso ver relatos sobre os direitos conquistados a duras penas por meninas e mulheres afegãs sendo arrancados delas”.
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Por conta das leis antigas as mulheres afegãs não podiam trabalhar, estudar ou ser tratadas por médicos do sexo masculino, a menos que quando acompanhadas por um homem. Aqueles que violaram as leis foram presos e enfrentaram penas extremas, incluindo a pena de morte.
Para a parlamentar trabalhista Sarah Champion, “As liberdades conquistadas na última década foram destruídas em questão de semanas. A situação que as mulheres e meninas enfrentam é especialmente preocupante”.