Daniel Cravinhos de Paula e Silva, de 44 anos, condenado pela morte do casal Richthofen, mudou de sobrenome pela segunda vez. Primeiro o ex-namorado de Suzane, que também abandonou o sobrenome famoso, passou a se chamar Daniel Bento de Paula e Silva, ao se casar com uma biomédica. Eles se separaram e o ex-detento se casou de novo, mas manteve a mesma assinatura. Porém, recentemente, oficializou a união com uma ex-amante e resolveu, mais uma vez, fazer a alteração, adotando o “Andrade” dela.
Uma lei que entrou em vigor em 2022 dispensa a exigência de justificativa plausível para a troca do sobrenome, o que pode ser feito quantas vezes a pessoa quiser. Antigamente esse processo só era possível judicialmente, mas os artigos 56 e 57 da Lei 14.382/2022 determinam que os maiores de 18 anos podem procurar os cartórios e fazer a mudança sem um limite estabelecido.
As alterações mais comuns nos sobrenomes são para inclusão e exclusão de sobrenome de cônjuge. Mas também é liberada a mudança para inclusão de sobrenomes familiares ou em caso de alteração das relações de filiação, inclusive para os descendentes, cônjuge ou companheiro da pessoa que teve seu estado alterado.
O serviço é pago e, em São Paulo, custa em média R$ 200. Após dar entrada no pedido de mudança de sobrenome, a alteração é feita em um prazo de cinco dias úteis.
Depois disso, a pessoa precisa refazer todos os seus documentos de identificação, como RG, CPF, título de eleitor, CNH, entre outros, para atualização do novo nome completo.
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Novo casamento de Daniel ex-Cravinhos
Daniel oficializou a união com a biomédica Carol Andrade, de 26 anos, em uma cerimônia realizada no 1º Cartório de Registro Civil de Santo André, no ABC Paulista, no último sábado (25). A notícia causou revolta em sua ex-companheira, a estudante Andressa Rodrigues (29), com quem tem uma filha de poucos meses.
Em declaração à coluna True Crime, do jornal “O Globo”, Andressa desabafou sobre a notícia do casamento do ex. Segundo ela desde a separação, que ocorreu no final de 2024, Daniel não teve qualquer tipo de contato com a filha, mas segue pagando pensão para a criança.
De acordo com Andressa, o relacionamento entre Daniel e a atual esposa começou ainda durante sua gravidez. “Fui traída, feita de otária. Mas a vida segue”, conta a estudante que se relacionou com Cravinhos ao longo de três anos.

Relacionamentos conturbados
Condenado a 39 anos de prisão pela morte dos pais de sua ex-namorada, Suzane von Richtofen, Daniel Cravinhos segue cumprindo a pena em regime aberto desde 2018.
Desde que estava preso na Penitenciária de Tremembé, no interior paulista, o piloto de motovelocidade vem registrando um histórico de relacionamentos. No ano de 2014 ele se casou com a biomédica Alyne Bento, que o conheceu durante uma vista ao irmão, preso na mesma penitenciária. Na época, Daniel assumiu o sobrenome de Alyne e passou a assinar como Daniel Bento de Paula e Silva.
O relacionamento entre os dois terminou no ano de 2019, quando Daniel decidiu ir morar com sua ex-companheira, Andressa Rodrigues, com quem tem uma filha. O término entre os dois foi conturbado e envolto em acusações de traição. Meses depois, ele firmou o casamento com a biomédica Carol Andrade e alterou novamente seu sobrenome.
Em declaração à coluna, Daniel afirmou: “A Carol é uma pessoa que se encaixa de corpo e alma na minha vida. Em poucas palavras, foi onde eu entendi ter feito valer a pena todos os meus sofrimentos. Estou vivendo o melhor de tudo que passei até hoje na vida ao lado dela. Eu a amo com toda a minha força”, disse.
Morte do casal Richthofen
Segundo a Justiça, Suzane Richthofen planejou a morte dos próprios pais e teve a ajuda do então namorado, Daniel, e do irmão dele, Cristian Cravinhos, para a execução do casal. O crime ocorreu no dia 31 de outubro de 2022.
Logo depois do início das investigações, a jovem foi presa. Em 2006, ela foi julgada e condenada a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado. No entanto, entrou com vários pedidos de revisão e conseguiu reduzir o tempo para 34 anos e 4 meses de prisão. A previsão é que ela, que está em regime aberto desde o início deste ano, cumpra a sentença no dia 25 de fevereiro de 2038.
Depois que saiu da cadeia, Suzane se casou, deu à luz o primeiro filho, no último dia 26 de janeiro, e agora vive com o marido em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Ela também voltou a cursar Direito.
Já Daniel, que em 2018 obteve a progressão de pena para o regime aberto, atualmente trabalha em um ateliê onde customiza aviões de brinquedo, aviões reais e motos esportivas. Ele também pratica motovelocidade.
Já Cristian Cravinhos, condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato, é o único que segue preso. Porém, busca a progressão para o regime aberto. Em agosto passado, ele obteve um parecer favorável em um exame criminológico, no qual foi avaliado por psicólogo, psiquiatra e assistente social.
Na avaliação geral, os profissionais concluíram que Cristian possui “ótima avaliação laboral e bom comportamento carcerário”, sendo que todos deram aval à progressão de pena. No entanto, a decisão final sobre o regime aberto será tomada por um juiz e não há prazo para que essa análise seja realizada. O Ministério Público já se manifestou contrário ao benefício.

