Everton Silveira, esposo de Paloma Lopes Alves, prestou depoimento à Polícia Civil nesta sexta-feira, dia 29 de novembro. No dia 26, a jovem de 31 anos morreu ao realizar um procedimento de hidrolipo em uma clínica na Zona Leste de São Paulo. O caso em questão é investigado como morte suspeita.
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Ao comparecer para prestar depoimento, Everton falou com a imprensa que estava presente no local e desabafou, pedindo por Justiça pela esposa. Em fala à TV Globo, ele ainda reforçou que o médico Josias Caetano, responsável pela cirurgia que levou à morte de Paloma, não o procurou após o ocorrido.
“Eu quero fazer Justiça por ela para que não aconteça com outras mulheres, que não aconteça mais isso no nosso país, no nosso Estado, porque eu tive que vir trazer a minha esposa com vida, saúde, maravilhosa. Por conta desses profissionais que não tinham autorização, hoje estou aqui sem ela”.
O procedimento era um sonho para Paloma
Segundo Everton, realizar a hidrolipo era um sonho que sua esposa tinha. Em sua fala ele afirma que Paloma sempre ajudava outras mulheres na busca pela autoestima e que tinha muita vontade de fazer o procedimento de hidrolipo.
Ela deu entrada na clínica Maná Day no período da manhã do dia 26 de novembro para realizar o procedimento na região das costas e abdômen, sendo que deveria receber alta no período da tarde. “Eu estava lá, fizeram uma negligência enorme. Demoraram muito para chamar o Samu. A hora que eu vi que o Samu estava lá, eu saí correndo. Eles não me informaram o que estava acontecendo. Uma situação muito triste, delicada. Nossa, fora do comum. No hospital, tentaram reanimar, mas ela veio a óbito”.
Everton também revelou que a esposa contratou o médico por meio das redes sociais e que teve o primeiro contato com o profissional no dia do procedimento. Segundo ele, o pagamento pelo procedimento foi de R$10 mil, por transferências bancárias.
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Segundo médico, a condição clínica de Paloma “piorou em coisa de segundos” e ela começou a sentir falta de ar após ser levada para a sala de recuperação pós-operatória, ficando inconsciente logo em seguida.
A clínica Maná Day foi autuada e interditada pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde, pois não possuía licença sanitária necessária para realizar procedimentos invasivos.