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Maré vermelha gera alerta sobre o consumo de moluscos no litoral de SP

Governo de São Paulo usou o Diário Oficial para publicar uma orientação sobre o consumo dos alimentos por conta do fenômeno.

Maré Vermelha
Maré Vermelha (Divulgação - Cetesb - Imagem Ilustrativa.)

O Governo de São Paulo, por meio do Diário Oficial da União, orientou que o consumo de moluscos bivalves provenientes do litoral de São Paulo seja evitado temporariamente. Conforme publicado pelo G1, o motivo do alerta seria o fenômeno da “Maré Vermelha”, que pode ter atingido os organismos marinhos da região.

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A “maré vermelha” é um fenômeno causado pela presença de microalgas Dinophysis acuminata na água. Análises realizadas em Cananeia, Peruíbe e Praia Grande apontaram altas concentrações da alga nestas regiões, o que pode levar a um grande potencial tóxico conforme a nota técnica emitida pelo governo.

Por conta disso, é recomendado evitar temporariamente o consumo de moluscos bivalves, como mariscos, mexilhões e ostras provenientes do litoral de São Paulo. A microalga responsável por alterar a coloração da água pode produzir uma toxina diarreica, que pode se acumular nos organismos marinhos filtradores como os citados acima. Por sua vez, essa toxina pode causar intoxicações alimentares em caso de consumo dos moluscos contaminados.

Medida preventiva

Segundo a nota publicada pelo Governo, a medida em questão é preventiva e deve ser seguida até que novos testes sejam feitos e comprovem se os animais foram ou não atingidos pelo fenômeno.

Visualmente, a maré vermelha causa manchas escuras no mar, alterando a coloração da água para tons alaranjados ou avermelhados. Ela é causada pelo crescimento excessivo das algas microscópicas em um processo que, segundo o biólogo Eric Comin, é chamado de “floração”.

Outros efeitos deste processo podem ser sentidos nas condições ambientais do mar, que são alteradas devido à diminuição do oxigênio da água, podendo causar mortalidade de peixes e representar riscos à saúde humana, chegando até mesmo a tornar as localidades impróprias para banho.

Em nota, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que o Plano de Contingência para uma possível contaminação dos moluscos é acompanhado pelas secretarias do Estado da Saúde (SES), Agricultura e Abastecimento (SAA) e Meio Ambiente (Semil).

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