Dados publicados por meio do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram divulgados nesta quinta-feira, dia 18 de julho. Conforme o G1, um dos números mais alarmantes foi o aumento no caso de estupros registrados no Brasil, que atingiu um novo recorde, aumentando 6,5% em relação ao ano anterior.
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Ao todo, foram registrados 83.988 casos em todo país, representando um aumento de 91,5% quando comparado aos dados coletados no ano de 2011. Deste número, 76% dos casos registrados são referentes ao crime de estupro de vulnerável, quando a vítima é menor de 14 anos ou incapaz de consentir o ato por qualquer tipo de motivo. Ainda segundo o anuário, a maioria das vítimas de estupro no país são meninas negras de até 13 anos de idade.
Conforme a publicação, os casos ocorrem em sua grande maioria dentro de casa, representando 61,7% dos registros enquanto 12,9% são registrados em via pública. Por sua vez, em 64% dos casos registrados contra vítimas de até 13 anos o agressor é um familiar, sendo que nos demais 22,4% é um conhecido.
Aumento nos casos de violência contra a mulher
Indo além do aumento nos casos de estupro, todas as formas de violência contra a mulher também apresentaram aumento segundo o anuário. Em declaração, Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirmou que os números ainda podem apresentar variações: “Sabemos que há subnotificação porque alguns estados ainda não classificam adequadamente os feminicídios”.
Entre os dados divulgados, casos de importunação sexual tiveram um aumento de 48,7%, enquanto registros de violência psicológica subiram 33,8%. O número de medidas protetivas de urgência também aumentou quando comparado ao ano anterior. Foram registradas 540.255 medidas protetivas de urgência, representando 26,7% de aumento.
Ao todo, foram registradas 1.467 vítimas de feminicídio no país. Deste número, 63,6% eram mulheres negras, 71,1% tinham entre 18 e 44 anos e 64,3% foram mortas dentro de suas casas. Destas, o assassino foi o parceiro em 63% dos casos, 21,2% foram mortas pelo ex-parceiro e 8,7% por um familiar.