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Herança de R$ 100 milhões: irmãos e sobrinho brigam por bens de ganhador da Mega-Sena assassinado

Renê Senna foi morto em janeiro de 2007; companheira foi condenada por encomendar o homicídio

Agora, a filha, os irmãos e um sobrinho brigam pelos bens
Renê Senna ao lado de Adriana Ferreira Almeida Nascimento, que foi condenada por planejar o assassinato dele (Reprodução)

A divisão de bens deixados pelo lavrador Renê Senna, ganhador de um prêmio de R$ 52 milhões da Mega-Sena, que foi morto a tiros em janeiro de 2007, no Rio de Janeiro, ganhou novos desdobramentos na Justiça. Atualmente, a herança corrigida é estimada em R$ 100 milhões e é disputada pela filha, nove irmãos e um sobrinho dele. Já a ex-companheira da vítima, Adriana Ferreira Almeida Nascimento, foi presa e condenada como a mandante da morte.

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O lavrador foi assassinado a tiros no dia 7 de janeiro de 2007, quando voltava de um bar, em Rio Bonito. Após uma investigação, a polícia prendeu Adriana, que depois foi julgada e condenada a 20 anos de prisão por ter planejado o crime.

A mulher entrou com uma série de recursos, mas eles se esgotaram em setembro de 2020, quando a condenação passou a ser definitiva. Contando o período que ficou presa antes da sentença, ela já cumpriu quatro anos de reclusão e, atualmente, está em regime semiaberto, segundo informações do jornal “O Globo”.

Logo após a morte de Renê, Adriana apresentou um testamento, que deixava a herança para ela e Renata Senna, filha do lavrador. Contudo, o Judiciário considerou que o homem foi manipulado por Adriana, que já teria um plano para matá-lo, quando fez o documento.

Dessa forma, foi considerado válido um testamento anterior, que destinava metade dos bens à Renata e a outra metade a oito irmãos e um sobrinho da vítima. Porém, em setembro do ano passado, a filha do lavrador entrou com um recurso, alegando que aquele testamento tinha caducado e apresentou cópia de outro documento, no qual o pai a teria deixado como única herdeira.

A briga judicial parecia estar perto do fim, mas, no último dia 4 de junho, o advogado Sebastião Mendonça, que representa os oito irmãos e um sobrinho do lavrador, entrou com mais um recurso na Vara Cível do Fórum de Rio Bonito. Os interessados pedem a nulidade do último testamento, apresentado por Renata e querem a parte dos bens que lhes seria de direito.

“O documento está com nulidades. A testemunha que participou do testamento tinha interesse na causa por já ter prestado assessoria financeira ao Renê e a Renata, que era inventariante do espólio. O código civil fala que tem interesse na causa, quem tem afinidade, ou é amigo, ou inimigo, não pode participar do ato”, disse Mendonça, em entrevista ao “O Globo”.

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A reportagem entrou em contato com a defesa de Renata Senna, que disse que ela não vai se manifestar. Já os advogados de Adriana Nascimento não retornaram aos pedidos de entrevista.

Ainda não há previsão de quando a Justiça irá analisar o último recurso feito pelos irmãos e sobrinho de Renê.

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