A família da brasileira Fatima Boustani, de 30 anos, está desesperada em busca de ajuda. A mulher e dois filhos ficaram feridos em um ataque à casa em que moram, na cidade de Saddike, no Sul do Líbano, ocorrido no sábado (1º). A mãe e uma filha têm quadros graves, sendo que um garoto sofreu lesões leves. O pai deles, que está no Brasil, implora por socorro.
ANÚNCIO
Segundo informações de agências internacionais, o Hezbollah diz que o ataque com drones foi promovido por Israel, que segue em guerra contra terroristas na Faixa de Gaza desde outubro do ano passado. Como o grupo sediado no Líbano apoia o Hamas, seria o alvo do bombardeio.
Familiares dos brasileiros que moram em Itapevi, na Grande São Paulo, explicaram ao site G1 que Fátima e os filhos estavam em casa, quando ela foi destruída. A mulher está em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Libanês Italiano, na cidade de Tiro. Segundo os parentes, precisa ser levada para uma unidade de saúde com mais recursos.
Já a filha dela passou por três cirurgias e recebeu transfusão de sangue e segue na UTI com quadro grave. O filho, que sofreu ferimentos mais leves, se recupera na enfermaria do hospital.
Enquanto isso, o pai da família, Ahmad Aidibi, está hospedado na casa de um primo no Brasil e se desespera. “Ele está desesperado, só grita e não come”, relatou o primo dele, Hussein Ezzddein, ao G1.
Fatima nasceu no Líbano, mas morou alguns anos no Brasil. Há poucos meses, ela e os filhos obtiveram a nacionalidade brasileira e pretendiam se mudar em definitivo.
O que disse o governo brasileiro?
O Itamaraty condenou o ataque e ressaltou que a situação é acompanhada pela embaixada do Brasil em Beirute. “O governo brasileiro manifesta sua indignação e condena o bombardeio de ontem, dia 1°, em Saddikine, no sul do Líbano, que resultou em ferimentos em três cidadãos brasileiros. Todos estão recebendo tratamento no Hospital Libanês Italiano, em Tiro”, disse.
ANÚNCIO
Conforme o órgão, o bombardeio ocorreu em função dos conflitos entre as forças armadas de Israel e combatentes do Hezbollah.
“O Brasil exorta as partes envolvidas nas hostilidades à máxima contenção, assim como ao respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário, de forma que se previna o alastramento do conflito em Gaza e se evitem novas vítimas civis inocentes”, completou o governo brasileiro.