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Perdão ou extradição: as estratégias da defesa de brasileira condenada por tráfico na Tailândia

Mary Hellen já conseguiu se livrar de multa de mais de R$ 100 mil e obteve redução do tempo na cadeia

Jovem segue presa naquele país
Brasileira Mary Hellen Coelho da Silva, condenada por tráfico internacional de drogas, na Tailândia, já obteve redução de pena e perdão de multa (Reprodução/Redes sociais)

Os advogados de defesa da brasileira Mary Hellen Coelho da Silva, que foi condenada por tráfico internacional de drogas, em Bangkok, na Tailândia, já conseguiram alguns benefícios para a jovem, mas seguem trabalhando para que ela tenha o perdão da pena ou seja extraditada para o Brasil. Recentemente, a jovem conseguiu uma redução do tempo na cadeia e se livrou de uma multa de mais de R$ 100 mil.

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Em entrevista ao site G1, os advogados Kaelly Cavolli Moreira e Telêmaco Marrace explicaram que, por enquanto, Mary Hellen tem que cumprir a pena, que caiu de 9 anos e 6 meses para 7 anos e 6 meses de reclusão. Mas eles aguardam pelo próximo Perdão Real, que são eventos feitos pela monarquia tailandesa, nos quais são avaliados pedidos de condenados. A expectativa dos advogados é que o caso da brasileira possa ser analisado e perdoado.

“O Perdão Real é uma possibilidade, que pode ou não contemplar a jovem, como o induto aqui no Brasil, só saberemos depois que ‘publicado’ [pelo rei]. Por enquanto, há a expectativa se o tipo de crime que ela responde irá ou não ser contemplado pelo perdão real”, explicou Kaelly.

Outra opção seria a extradição para que ela cumprisse a pena no Brasil. Essa medida poderia ocorrer por meio de um acordo de cordialidade entre os países, mas, segundo os advogados, essa solicitação deve ser a última alternativa.

“São várias categorias de extradição. Ela pode ser feita envolvendo questões da dignidade humana, como, por exemplo, a proximidade com a família, no processo de ressocialização”, disse Telêmaco, mas ele ressaltou que agora a defesa não julga que é o momento certo para esse pedido.

Relembre o caso

Mary Hellen, que morava com a família em Pouso Alegre, em Minas Gerais, foi presa com outros dois brasileiros no Aeroporto de Bangkok, em fevereiro de 2022, com 15 quilos de cocaína escondidas em fundos falsos nas malas de viagem.

Primeiro foram flagrados Mary Hellen e outro brasileiro, que tinham embarcado em Curitiba, no Paraná. Com eles foram encontrados 9 quilos de drogas. Horas depois outro brasileiro foi preso com 6,5 quilos do entorpecente.

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A polícia tailandesa suspeitou que eles integravam uma quadrilha, mas a brasileira ressaltou que eles foram usados como “mulas” do tráfico. Não há informações sobre o estado dos outros jovens detidos.

No dia 8 de maio daquele ano, a Justiça Tailandesa condenou a brasileira a 9 anos e 6 meses de prisão, divididos em 2 anos por crime civil, que deveria ser cumprido com o pagamento da multa de 750 mil Baht, o equivalente a cerca de R$ 105 mil, além de 7 anos e 6 meses por crime penal. Porém, como o valor da multa foi perdoado, restou apenas a condenação de prisão.

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