Régis Cândido, marido de Elisângela Oliveira de Jesus, de 33 anos, que morreu após sofrer graves queimaduras ao fritar um ovo, também ficou ferido ao socorrer a esposa. Em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, ele contou que houve uma explosão quando a mulher jogou o alimento na frigideira com óleo quente e logo as chamas se alastraram.
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“Ela gritou socorro, eu saí correndo e ela já estava com a camiseta e o sutiã de amamentação em chamas. Eu rasguei a camiseta dela, rolei ela no chão, porque já estava pegando fogo no cabelo dela. Enrolei ela numa toalha úmida e gritei socorro para os vizinhos e chamei o Samu”, contou Cândido.
Nesse momento, o marido também sofreu queimaduras de segundo grau nas duas mãos. Já Elisângela teve lesões em 17% do corpo e morreu após passar 10 dias internada na Unidade de Tratamento de Queimaduras (UTQ) da Santa Casa de Misericórdia de Limeira, no interior de São Paulo.
Ela seria submetida a uma cirurgia, na última segunda-feira (26), mas sofreu uma parada cardiorrespiratória logo no início de uma cirurgia e não resistiu.
“A dor maior é a dor por dentro. É uma dor que eu acho que nunca vai passar. Era uma mãe incrível. Ela cuidava muito bem da nossa filha (...) É uma dor, um sentimento que é inexplicável”, afirmou o marido.
Explosão
Cândido contou que Elisângela trabalhava em uma padaria, em Rio Claro, cidade em que morava, e tinha chegado cansada do trabalho, no último dia 16 de fevereiro. Após amamentar a filha, de 1 ano, decidiu fritar ovos para que eles jantassem. Para se certificar que o alimento não estava estragado, ela o colocou em um copo e não percebeu que lá dentro continha água.
Assim, quando ela jogou o conteúdo na frigideira com óleo quente, houve a explosão. As chamas subiram rapidamente, atingindo o rosto, peito e braços da mulher.
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Inicialmente, ela foi levada por familiares até a Santa Casa de Rio Claro. De lá, foi transferida para Limeira, onde recebia os cuidados especializados para as queimaduras. Quando ela seria submetida a uma cirurgia no hospital, na segunda-feira, sofreu a parada cardiorrespiratória e morreu.
O marido também recebeu atendimento médico e já se recupera em casa. Ele cuida sozinho da filha e lamenta a morte da esposa. “É uma dor que nunca vai passar”, disse Cândido.
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