A Justiça holandesa determinou nesta quinta-feira a internação compulsória do mineiro Begoleã Mendes Fernandes, de 26 anos, para tratamento psiquiátrico e a indenização da família de Alan Lopes, de 21, assassinado pelo amigo em fevereiro do ano passado.
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De acordo com o Ministério Público da Holanda, os peritos forenses confirmaram que Begoleã desenvolveu um delírio paranóico que o fez acreditar que Lopes era um canibal e pretendia matá-lo para depois comê-lo. O crime foi cometido, segundo a promotoria, pelo delírio e pelo medo.
A Justiça holandesa decidiu que o brasileiro é esquizofrênico e por isso deverá cumprir pena de homicídio em um estabelecimento prisional psiquiátrico até que seja considerado apto a retornar à sociedade. A família de Alan Lopes será ainda indenizada pela morte do jovem em 21 mil euros para a mãe e 17 mil para o pai (R$ 112,8 mil e R$ 91,3 mil, respectivamente).
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Relembre o crime
Natural de Matipó, na zona da Mata mineira, Begoleã morava em Amsterdã, na Holanda, mas foi preso no aeroporto de Lisboa por falsificação de documentos e por transportar pedaços de carne em uma mala, que também continha roupas sujas de sangue.
Ele alegou aos agentes que a carne era humana e o conteúdo da mala segui para exame. As autoridades portuguesas fizerem contato com a Holanda descobriram que Begoleã era procurado pela polícia holandesa pelo homicídio de Alan Lopes, que trabalhava como açougueiro e teria acolhido o suspeito quando ele chegou no país. Na época a polícia acreditava que o motivo do crime seria uma dívida pendente.