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Pesquisa aponta aumento do uso da telemedicina pós-pandemia

Seis em cada dez pacientes afirmaram ter conhecimento sobre o termo; destes, 55% já utilizaram o atendimento online

Pesquisa aponta aumento do uso da telemedicina pós-pandemia

Apesar de já utilizado há mais tempo ao redor do mundo, foi só depois da pandemia da covid-19 que o termo “telemedicina” começou a ser difundido no Brasil. Após a sanção da Lei 13.989, de 15 de abril de 2020, que passou a autorizar o atendimento médico virtual, muitos brasileiros se adaptaram ao atendimento médico online.

Uma pesquisa realizada em dezembro do ano passado pelo Capterra, plataforma que busca e compara softwares, confirma que, de fato, os brasileiros estão muito mais aderentes à modalidade. O levantamento ouviu 1.004 pessoas em todo o Brasil. Seis em cada dez pacientes afirmaram ter conhecimento sobre o que é telemedicina, sendo que, destes, 55% já a utilizaram ou a utilizam com frequência.

O medo da exposição a uma possível contaminação foi o motivo apontado por quatro em cada dez entrevistados para o uso da telemedicina. A rapidez (16%) e a praticidade (16%) também foram destacados pelos pacientes.

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A possibilidade de acesso ao tratamento de qualquer lugar (72%) e o menor risco de contaminação em hospitais ou consultórios (71%) foram apontados como os principais benefícios da telemedicina. Como pontos negativos, destacaram-se a impossibilidade de realizar exames (69%) e a falta de interação pessoal (49%).

Cenário da telemedicina no Brasil

Até mesmo o SUS (Sistema Único de Saúde), serviço público de atendimento médico no Brasil, aderiu à modalidade durante a pandemia. O TeleSUS, somente entre o período de abril a junho de 2020, atendeu mais de 75 milhões de brasileiros, de acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

De acordo com Renata Zobaran, médica e diretora de telemedicina e saúde digital da TopMed, a telemedicina viabiliza soluções digitais para um atendimento médico a distância com rapidez, segurança e qualidade, não fazendo diferença de onde o paciente esteja, em tempo real.

O serviço, porém, ainda não está amplamente difundido. Cerca de 70% dos médicos especialistas estão concentrados no Sudeste e Sul do Brasil, o que ocasiona a escassez desses profissionais em locais mais remotos, como o interior dos Estados, por exemplo.

Fato é que a nova realidade exige que os profissionais de saúde se adequem cada vez mais às novas tecnologias e inovações na área em que atuam. Ainda segundo Renata, assim como na medicina convencional, todo avanço tecnológico e descobertas devem ser comemorados, o que não pode ser diferente em se tratando da teleconsulta médica.

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