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Tragédia em Petrópolis: mãe escava morro com enxada à procura da filha soterrada

Adolescente de 17 anos foi uma das 17 vítimas do temporal que caiu na cidade serrana do Rio

Maria Eduarda, de 17 anos Corpo de Maria Eduarda, de 17 anos, foi encontrado na manhã desta quarta-feira (Foto: Reprodução)

O gesto de desespero de uma mãe, que com uma enxada e até mesmo com as próprias mãos cavava as encostas do morro em Petrópolis em busca de sua filha emocionou a todos nas redes sociais, segundo notícia veiculada pelo G1.

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Gizelia de Oliveira Carminate, 36 anos, passou parte da madrugada e da manhã desta quarta-feira tentando encontrar sua filha, Maria Eduarda, de 17 anos, uma das vítimas do deslizamento no Morro da Oficina provocado pela forte chuva que caiu na região serrana do Rio de Janeiro nesta terça-feira.

Ela chegou antes dos Bombeiros e cavou em vários locais em busca da filha, retirando pedaços de paus e pedras com as mãos e com a enxada. No começo do dia já havia perdido até parte das unhas e sua mão sangrava com o esforço desesperado. “Eu já estou perdendo as esperanças”, disse em determinado momento.

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No início da tarde desta quarta-feira ela recebeu a notícia que mais temia: o corpo de sua filha foi encontrado nos escombros em um sofá, abraçada à madrinha e a neta dela, um bebê de 1 ano.

Maria Eduarda, ou Duda, como era carinhosamente conhecida, cursava o ensino médio e trabalhava em um salão de cabeleireiro. Segundo sua mãe, seu sonho era ser modelo e também investia na carreira de digital influencer. Estava na cidade há quatro dias visitando a madrinha.

TEMPORAL E DESABAMENTO

Os vídeos que circularam pelas redes sociais nesta quarta-feira mostram os momentos de desespero enfrentados pelos moradores de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Em seis horas, choveu o previsto para todo o mês de fevereiro.

A queda de uma barreira no Morro da Oficina arrastou 80 casas, destruindo tudo em seu caminho. Até o início da noite desta quarta-feira já havia sido contabilizada pelo menos 94 mortes. Quando o nível da água baixou, havia corpos até no centro da cidade. O município decretou estado de calamidade pública.

Regiões como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga também foram atingidas.

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