Cientistas ainda avaliam os impactos que a nova variante do coronavírus descoberta na África do Sul pode trazer no combate mundial, mas já sabe que é a que mais mutações apresentou deste o início da pandemia.
De acordo com os pesquisadores, como a variação ainda não se disseminou nos grandes centros não é possível determinar se ela é mais transmissível e perigosa do que as outras cepas.
Mas toda a comunidade científica está alarmada com a quantidade de mutações que o novo vírus apresenta, mais de 50, sendo que 30 delas são na proteína Spike, principal ponto usado pelas vacinas para atacar o vírus. De acordo com os pesquisadores, o vírus deu “um grande salto na evolução”.
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O maior risco, segundo os especialistas, é de que o novo vírus seja imune às vacinas já desenvolvidas, uma vez que todas elas usaram o vírus original, encontrado em Wuhan, na China, como base para o desenvolvimento.
Mas, por enquanto, tudo não passa de especulação e a eficácia da vacinação deve ser medida quando o novo vírus atingir os centros com maior taxa de imunização, já que na África do Sul só tem 24% da população vacinada, taxa muito inferior a da Europa, América do Norte e Brasil.
Para o professor Richar Lessels, da Universidade de KwaZulu-Natal na África do Sul, o que maios preocupa a comunidade científica é determinar se a nova variante tem maior capacidade de contaminas as pessoas e se essas mutações podem fazer com que o vírus seja capaz de contornar as defesas do sistema imunológico da população.
Até o início desta sexta-feira apenas 83 casos foram confirmados no mundo todo, 77 na África do Sul, 4 em Botsuana, um em Hong Long e um em Israel.
Fronteiras
Diante da nova ameaça, alguns países da União Europeia, Reino Unido e Índia anunciaram controle mais restrito das fronteiras.
No Brasil, a Anvisa recomendou que o governo anuncie restrições de vôo aos seis países onde a variante já foi detectada.
Entretanto, alguns epidemiologistas acreditam que é tarde demais para fechar fronteiras. “Acho que temos que admitir que muito provavelmente esse vírus já está circulando em outros lugares “, disse o professor Ben Cowling, da Universidade de Hong Kong.