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‘Sextorsão’: Polícia alerta para cuidado com envio de ‘nudes’ e como evitar ser vítima de golpistas

Delegado recomenda que não se faça registro de imagens íntimas.

Yuliya Kosolapova/Unsplash

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O compartilhamento de fotos e vídeos íntimos é usado por muita gente como técnica de sedução, no entanto, a Polícia Civil de São Paulo alerta que os «nudes» podem se tornar uma grande dor de cabeça, levando as vítimas, em casos extremos, até a cometer suicídio. Por isso, a recomendação feita pela corporação em uma cartilha é a de que nunca se faça esse tipo de imagem para evitar ser vítima do chamado «sextorsão».

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Na maioria das vezes, as imagens em questão são compartilhadas entre pessoas que mantém um relacionamento. Contudo, há casos em que criminosos se apossam das fotos e vídeos e passam a ameaçar as vítimas em troca de dinheiro. Além disso, a polícia também registra casos em que o motivo da exposição é vingança de um ex-companheiro, por exemplo, ou de alguém que busca humilhar o alvo.

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O delegado Gaetano Vergine, titular da Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que investiga esse tipo de crime, disse ao Metro World News que, mesmo sendo uma prática adotada por muitos casais, a recomendação é que nunca se faça vídeos ou fotos íntimas.

«Normalmente as vítimas acabam expondo partes do corpo e, por algum motivo, seja ele vingança, seja ele golpe, acabam sendo extorquidas de alguma forma. Essas imagens acabam publicadas na internet e a humilhação é muito grande para a pessoa. Também há casos em que os nudes estavam no celular da vítima e, ao ser enviado para manutenção, essas imagens acabam divulgadas nas redes, ou mesmo depois que o telefone foi roubado. Sendo assim, o melhor é não fazer esses registros mesmo», alertou o delegado.

‘Sextorsão’

Segundo a cartilha da Polícia Civil, o «sextorsão» consiste em ameaças de se divulgar imagens ou vídeos íntimos para forçar alguém a fazer algo, seja por vingança, humilhação ou para obter vantagem financeira. É uma forma de violência grave que pode levar a consequências extremas como o suicídio da vítima.

A corporação alerta que, na maioria das vezes, as vítimas podem compartilhar uma imagem íntima por um impulso, podem ter tido um relacionamento com o agressor, ou apenas acreditam que ele já tenha algum «nude» delas porque ele insiste que tem. Além disso, há casos de adolescentes que acreditam estarem conversando com outros menores e enviam fotos íntimas, mas, na verdade, estão falando com um criminoso.

Ainda de acordo com a polícia, a obtenção de imagens ou vídeos íntimos também pode acontecer após invasão de contas ou dispositivos (hack) ou mediante falsas ofertas de emprego em agências de modelos, em que se pedem fotos e vídeos íntimos. Após obtenção do conteúdo, as vítimas são ameaçadas para enviarem mais fotos ou vídeos, a participarem de um encontro sexual real ao vivo ou para pagarem determinada quantia em dinheiro, tudo em troca de não terem suas imagens nua expostas.

Como evitar o golpe?

  1. Evite compartilhar fotos e vídeos íntimos;
  2. Evite manter fotos e vídeos íntimos em seu celular – caso ele seja roubado o criminoso poderá ter acesso a esse conteúdo;
  3. Desconfie de pedidos de amizade vindos de desconhecidos;
  4. Evite participar de chamadas de vídeo com desconhecidos e lembre-se que a imagem da pessoa que você está vendo pode ser falsa;
  5. Tenha sempre antivírus instalado em seu terminal.

Caso tenha sido vítima, o que fazer?

  1. Não apague as conversas mantidas com o criminoso;
  2. Se a conversa ocorreu em rede social, salve o nome do perfil e o link completo do perfil (endereço completo que aparece ao se clicar na barra de endereço);
  3. Em caso de contato por telefone, faça uma relação todos os números de telefone utilizados pelo criminoso, contendo data e horário das conversas;
  4. Anote os dados de eventuais contas bancárias informados pelo criminoso;
  5. Em posse de todas essas informações, procure a Delegacia de Polícia mais próxima e sua casa ou registre um Boletim de Ocorrência Eletrônico através do site da Delegacia Eletrônica na opção «Outros Crimes».

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