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Com auxílio americano, Brasil evita dez massacres em escolas

SAUDADES, SC, 05/05/2021: ATENTADO-ESCOLA-SC – Movimentação durante o velório coletivo das cinco vítimas mortas no atentado à escola infantil Pró-Infância Aquarela em Saudades, no oeste de Santa Catarina. O velório acontece nesta quarta (5) no Parque de Exposições Theobaldo Hermes, onde funciona o ginásio da cidade. (Foto: Willian Ricardo/iShoot/Folhapress)

O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou ontem um balanço afirmando que agentes espalhados pelo Brasil evitaram dez massacres em escolas somente neste ano. O levantamento da pasta federal aponta que as operações de prevenção dos policiais foram realizadas com o auxílio da agência de inteligência norte-americana HSI (Homeland Security Investigations) e com treinamentos sobre o tema.

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O boletim do Ministério da Justiça foi publicado após as Polícias Civis de Goiás e do Rio Grande do Norte impedirem dois ataques que estavam sendo organizados por dois primos a escolas de Campo Redondo (RN), onde mora um dos suspeitos, que seria visitado pelo outro, residente de Itumbiara (GO). De acordo com os investigadores, eles pretendiam “matar todo mundo” e “incendiar” duas instituições de ensino. O crime estava sendo organizado em troca de mensagens pela internet.

É justamente desta maneira, por meio do monitoramento de fóruns e redes sociais, que as autoridades brasileiras estão conseguindo interceptar massacres como o que ocorreu no município de Saudades (SC), em maio deste ano. Na ocasião,  Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, invadiu uma creche e assassinou três crianças e duas funcionárias que estavam no local.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, além do auxílio da agência norte-americana HSI nas investigações, cerca de 500 policias civis que atuam na inteligência das corporações brasileiras passaram por um treinamento neste ano ministrado pelo Departamento de Segurança Diplomática dos Estados Unidos. Intitulado de “Identificação, Análise e Mitigação de Ameaças”, o evento apresentou técnicas de prevenção e repressão a ataques em escolas, com foco no monitoramento de movimentações pela internet.

Além dos dois massacres interceptados no Rio Grande do Norte, as outras ações ocorreram no Paraná, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais.

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