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Celular é ‘agência bancária’ da maioria, e ladrões sabem disso

Os brasileiros nunca utilizaram tanto o celular para realizar transações bancárias. Seja para pagamentos, conferir o extrato ou até para contratar empréstimos e realizar investimentos. Dados divulgados ontem pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) mostram que, pela primeira vez, os aplicativos dos bancos foram responsáveis por mais da metade das transações no ano passado (51%).

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A avaliação da entidade é que as medidas de isolamento social trazidas pela pandemia de covid-19 e até o pagamento do auxílio emergencial impulsionaram o uso. Foram 52,9 bilhões de transações por smartphone no ano passado, ante 37 bilhões em 2019, crescimento de 43%.

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As agências bancárias, que por muitos anos concentraram os serviços aos consumidores, são responsáveis por apenas 3% das transações, queda de 28% no volume total entre 2019 e 2020.

A mudança de comportamento dos brasileiros em relação ao dinheiro entrou no radar também dos ladrões. Se antes celulares eram roubados apenas por seu valor no mercado paralelo, eles agora são alvo também de criminosos que conseguem acessar a conta pelo aplicativo do banco e transferir valores e realizar empréstimos.

A Febraban disse ontem que os sistemas dos bancos são seguros e não há motivo para a população temer. “Não há registro de violação em aplicativo bancário. Por vezes, há roubo do celular na hora em que está desbloqueado e o ladrão procura dentro do dispositivo onde a pessoa anota senhas e credenciais”, disse o diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Febraban, Rodrigo Mulinari.

A “limpeza” nas contas acabou virando pauta também do Procon-SP, que cobrou nesta semana esclarecimentos da própria Febraban e de empresas de tecnologia e telefonia como Apple, Google, Tim e Claro. O grupo se comprometeu a criar um telefone exclusivo para facilitar o bloqueio de contas e linha após roubo de celulares. O novo serviço, porém, ainda não tem data para entrar em operação.

Dicas para não ter a conta invadida após o roubo do celular 

• Usar sempre o procedimento de bloqueio da tela de início do celular 

• Nunca permitir o recurso de «lembrar/salvar senha» em navegadores e sites 

• Jamais anotar senhas de acesso ao banco em blocos de notas, e-mails, mensagens de WhatsApp ou outros locais em seu celular

• Não repetir a senha utilizada para acesso ao seu banco para uso em quaisquer outros aplicativos, sites de compras ou serviços na internet 

• Jamais anotar a senha, memorize-a para o uso 

• Notificar imediatamente o banco após a ocorrência para bloqueio do app e a operadora para bloquear a linha

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