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São Paulo terá ‘hospitais de catástrofe’

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) Divulgação/Governo SP

Para aumentar a oferta de leitos, a Prefeitura de São Paulo vai fazer com que três unidades de saúde sejam convertidas exclusivamente para o tratamento de pacientes com covid-19 a partir de hoje. Os espaços receberam o nome de “hospitais de catástrofe”.

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As unidades vão funcionar no Jabaquara (zona sul), Itaquera (zona leste) e Vila Maria (zona norte). Os pacientes serão transferidos para outras unidades. No hospital de Itaquera, funciona um importante centro regional de maternidade.

“Esse esforço [pelo aumento de leitos] tem se tornado insuficiente em função da gravidade da doença e precisamos resistir nos próximos 15 dias para continuarmos atendendo”, disse o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

Oxigênio em alerta
Secretário da Saúde do governo do estado, Jean Gorinchteyn disse ontem que pode faltar oxigênio para tratamento de doentes com covid-19 nos municípios menores.
O problema é de ordem logística. Não há registro de falta de cilindros de oxigênio no estado, mas o abastecimento nestas cidades pode ficar prejudicado pela alta demanda e pela ausência de estruturas de armazenamento. O mesmo pode ocorrer com respiradores.
“Os secretários municipais, localmente, precisam se antecipar a esse problema. Não podemos assistir o que foi visto em Manaus.” A capital no Amazonas passou por grave crise de saúde no começo do ano por causa da falta de oxigênio.

Jovem de 22 anos morre na fila por leito

A lista de pacientes que aguardam por UTI cresceu 20% em apenas 24h e passou de 395 para 475 na capital. Um jovem, porém, não está mais na relação porque não conseguiu esperar. Renan Cardoso, de 22 anos, morreu na fila. Com falta de ar, o rapaz procurou uma UPA em São Mateus (zona lesta), na quinta-feira. Em estado grave, passou por exames e ficou em observação. Na sexta-feira, a equipe pediu uma UTI ao Cross (serviço de regulação de vagas do estado). A liberação só veio no sábado, às 17h38, mas era tarde, o jovem teve um parada cardiorrespiratória. Renan Cardoso morreu 20 minutos antes da sua vaga ser disponibilizada e apenas 46 horas depois de dar entrada na UPA. O caso foi confirmado ontem pela prefeitura como a primeira morte de um paciente na fila. “Não deixem mais nenhuma mãe sofrer o que eu estou sofrendo”, disse Maria de Jesus.

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