O procurador da República, Deltan Dallagnol, confirmou nesta terça-feira (1º) sua saída da coordenação força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. Em comunicado divulgado nas redes sociais, Dallagnol justificou a decisão por «questões pessoais».
A saída também foi confirmada pela assessoria de imprensa do Ministério Público Federal, em nota. «É uma decisão difícil, mas o certo a fazer por minha família», afirmou o procurador. «Continuarei a lutar contra a corrupção como procurador e como cidadão.»
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O motivo foi melhor definido em vídeo publicado no canal oficial de Dallagnol no YouTube, onde acumula 11,3 mil inscritos. Segundo o procurador, afastado da Lava Jato, poderá dedicar mais tempo a sua filha de um ano e 10 meses, que apresentou «sinais de regressão em seu desenvolvimento».
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Coordenador da força-tarefa desde seu surgimento, em 2014, Deltan é alvo de dois processos disciplinares por sua atuação na Lava Jato. O procurador será substituído por Alessandro Oliveira, cujas funções passam a ser cumpridas pelo ex-coordenador.
A mudança de cargos foi assunto de nota divulgada pela própria Operação, que elogia a atuação de Dallagnol. «Deltan desempenhou com retidão, denodo, esmero e abnegação suas funções, reunindo raras qualidades técnicas e pessoais», diz o documento. «A liderança exercida foi fundamental para todos os resultados que a operação Lava Jato alcançou, e os valores que inspirou certamente continuarão a nortear a atuação dos demais membros da força-tarefa.»
Ainda deve ir a julgamento processos contra o ex-coordenador no Conselho Nacional do Ministério Público, um deles envolvendo a apresentação de um PowerPoint com acusações ao ex-presidente Lula em audiência da força-tarefa. Caso condenado, Dallagnol pode sofrer afastamento compulsório da Lava Jato.