Foco

OMS descarta possibilidade de imunidade de rebanho

Festa em Wuhan, na China, foi motivo de polêmica na Internet. Cidade é considerada berço da covid-19 reprodução/twitter

A diretora técnica de programa de emergência da OMS (Organização Mundial de Saúde), Maria van Kerkhove, afirmou na terça (18)  que 90% da população mostra não ter desenvolvido anticorpos contra o novo coronavírus. A informação rebate propostas anteriormente levantadas por governos como forma de manter as atividades econômicas em funcionamento, simultaneamente ao contágio em massa e à imunização em larga escala.

ANÚNCIO

QUER RECEBER A EDIÇÃO DIGITAL DO METRO JORNAL TODAS AS MANHÃS POR E-MAIL? É DE GRAÇA! BASTA SE INSCREVER AQUI.

Fundação Renova - agosto 2020

Todavia, à medida em que cientistas buscam compreender a covid-19, doença considerada ainda nova e identificada pela primeira vez em dezembro do ano passado, mais estudos acerca da imunidade ao vírus são publicados. Artigo desenvolvido na Suécia pelo Instituto Karolinska mostra que parte das pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus e não apresentaram anticorpos possuem imunidade pela célula T, considerada por cientistas como uma resposta imune ainda mais duradoura que os anticorpos.

Recomendado:

O estudo publicado na revista científica Cell explica que uma pessoa anteriormente exposta a outros coronavírus (existem sete deles) pode ter uma lembrança celular de imunidade no corpo, chamada de imunidade cruzada.

Mutação do vírus

Uma nova versão do novo coronavírus já foi identificada na Europa, Malásia e Cingapura. De acordo com a agência de notícias Reuters, a amostra detectada recentemente aparenta ser dez vezes mais infecciosa que a versão anterior, apesar de menos letal.

À Reuters,  o consultor-sênior da Universidade Nacional de Cingapura e presidente-eleito da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas, Paul Tambyah, afirmou que proliferação da mutação do vírus fez com que a mortalidade caísse em regiões onde foi encontrado.

“É do interesse do vírus infectar mais pessoas, mas não matá-las, porque o vírus depende do hospedeiro para ter alimento e abrigo”, explicou o especialista ao mencionar que apesar da mudança, isso não deve ser considerado problema para as vacinas que estão em desenvolvimento.
 
publimETRO

Tags


Últimas Notícias