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Corrida por vacina na Rússia cria preocupação na comunidade científica

Crédito: Freepick

A nova campanha de vacinação para a covid-19 anunciada semana passada pela Rússia preocupa membros da comunidade científica internacional. Com distribuição marcada para outubro, o ensaio clínico do país ainda não é reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e não entrou na terceira e última fase de testes – a que verifica a segurança e eficácia da imunização em massa.

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A Rússia é um do vários países em busca da combinação que pode impedir a contaminação pelo novo coronavírus mas, segundo o jornal americano The New York Times, a busca para aliviar a crise de saúde mundial também tem sido usada como uma ferramenta de propaganda política e símbolo de orgulho nacional.

Na última sexta-feira, o médico Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, alertou em audiência no Congresso sobre a vacina. “Espero que chineses e russos estejam realmente testando a vacina antes de administrá-la a alguém”, disse.

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Doses reservadas

Mesmo que nenhuma vacina para a covid-19 tenha sido efetivamente aprovada, países já se movimentam para garantir estoques e os mais ricos lideram as compras.

Segundo a empresa britânica de análise Airfinity, somente Estados Unidos, Reino Unido, Japão e países da União Europeia compraram o equivalente a 1,3 bilhão de doses de vacinas experimentais. O bloqueio e reserva da imunização dificultará o acesso a países mais pobres.

Apesar da busca por “reservar” os frascos, ainda não se sabe se a quantidade comprada será o equivalente a pessoas imunizadas, pois ainda é preciso considerar que, para a imunização total, duas doses devem ser necessárias.

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