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Sistema usa inteligência artificial para prever ocorrências de crimes em São Paulo

Pesquisadores estão desenvolvendo ferramentas para identificar padrões de criminalidade Divulgação/CeMEAI

Apenas a região central da cidade de São Paulo tem 1.530 cruzamentos com maiores chances de assalto a pedestres. É o que afirma um levantamento do CeMEAI (Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria), sediado na USP em São Carlos, interior do Estado.

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A pesquisa usa inteligência artificial para prever ocorrências de crimes em áreas urbanas. “O objetivo é que essas ferramentas possam ajudar órgãos a predizer regiões das cidades mais perigosas, visando a implementação de ações preventivas”, diz Luis Gustavo Nonato, pesquisador responsável pelo projeto.

O projeto teve início em 2015, em colaboração com o Núcleo de Estudos da Violência – ambos são financiados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Com acesso a dados sobre crimes na capital paulista, foram empregadas ferramentas de ciência de dados para identificar padrões.

Das 20 mil esquinas com maior número de registro de assaltos, 1.530 concentram quase metade das ocorrências – correspondente a 7,65% do total. Também são observados padrões de comportamento conforme o tempo – abertura de comércios ou regiões abandonadas ajudam a aumentar ou diminuir casos.

“A ideia é ajudar os gestores a entender como esses fatores se correlacionam com ocorrências criminais, por exemplo, para auxiliar na criação de políticas públicas de baixo custo e com grande impacto econômico e social nas cidades”, afirma Nonato. De acordo com a Fapesp, os endereços específicos apontados na pesquisa não foram divulgados «por questões técnicas».

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