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Coronavírus infectou 1,32 milhão de pessoas em São Paulo, diz novo inquérito sorológico

Prevalência do Sars-CoV-2 na capital paulista é de 11,1%; prefeitura alerta para maior infecção entre populações mais pobres e alta de casos entre idosos

A cidade de São Paulo tem ao menos 1,32 milhão de pessoas imunes ao coronavírus Sars-CoV-2, segundo nova fase de inquérito sorológico divulgado pela prefeitura nesta terça-feira (28). Isso significa que a covid-19 já atingiu 11,1% da população da capital paulista.

A pesquisa chegou a esses números após realizar testes em 5.760 pessoas, em sorteio baseado em residências próximas a uma das 472 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) no município. Os dados correspondem até o dia 20 de julho.

Esta é a terceira fase do inquérito sorológico desenvolvido pela Secretaria da Saúde – serão nove, no total. A prevalência de infecções por covid-19 é maior nas regiões sul (16,1%) e leste (13,3%), seguido por sudeste (9,3%), norte (8,2%) e centro-oeste (3,7%).

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Considerando a faixa etária, a nova etapa da pesquisa viu um salto na prevalência da infecção por Sars-CoV-2 entre pessoas a partir dos 65 anos – de 5,1% da fase anterior para 13,9%. Em seguida está a prevalência nas faixas etárias de 18 a 34 anos (12,6%), de 35 a 49 anos (12,3%) e de 50 a 64 anos (6,9%).

Entre pessoas pretas e pardas, a prevalência da covid-19 é de 14,6%, 62% maior do que entre brancos (9%). Paulistanos da classe social D possuem quase quatro vezes mais chances de serem infectadas pelo coronavírus do que aqueles da classe A, e quase duas vezes mais chances que pessoas da classe B.

“O vírus está jogando luz sob a desigualdade que nós temos na cidade de São Paulo”, afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB) durante a coletiva. Ele apontou a importância do isolamento social e o uso de máscaras para evitar a doença.

“Os dados mostram a importância desses dois temas. Quem fez isolamento tem 8,5% de prevalência; quem não fez, tem 25,2%. O mesmo se observa no que se diz respeito a utilização de máscara. Entre a população que utilizou, a prevalência é de 9%. Já entre os que não utilizam, é de 30%”, afirmou.

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