O surgimento das primeiras manchas de óleo no litoral brasileiro completa dez meses hoje e, até agora, ninguém foi responsabilizado pelo vazamento. Elas surgiram pela primeira vez no dia 30 de agosto do ano passado, em Conde na Paraíba.
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Sem mais informações, a Marinha do Brasil afirmou que as investigações seguem em andamento junto com a Polícia Federal. O principal suspeito continua sendo um navio-tanque de bandeira grega, o Bouboulina.
Na quinta-feira (25), novas manchas foram encontradas em cinco praias de Salvador e, na semana anterior, nos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas.
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A diretora do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia Olivia Oliveira,analisou o material que chegou recentemente. Ela confirma que se trata do mesmo óleo de origem venezuelana, mas o curioso é que a composição química do petróleo está preservada.
Segundo Franscisco Kelmo, diretor do Instituto de Biologia da Ufba, o meio ambiente deve demorar anos para se recuperar do desastre ambiental. Quem vive da pesca é atingido até hoje com os impactos das manchas.
A coordenadora estadual do movimento nacional de pescadores, Eliete Paraguacu lembra, que quando o setor dava sinais de recuperação, a pandemia trouxe mais prejuízo. A força tarefa para a limpeza das manchas também foi desmontada.
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) informou que não cabe mais ao órgão se pronunciar sobre o assunto.