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FGV investiga plágio na dissertação de mestrado de Carlos Decotelli

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirmou, em nota oficial publicada neste final de semana, que vai averiguar as denúncias de plágio na dissertação do mestrado do novo ministro da Educação, Carlos Decotelli.

A instituição diz estar localizando o orientador da dissertação final do ministro para fornecer informações sobre o assunto.

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Na última semana, após indícios de fraudes no currículo do novo ministro, portais de notícia brasileiros apontaram cópia de ao menos quatro trechos no trabalho acadêmico de Decotelli. As seções estavam iguais às de outros trabalhos e relatórios do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, sobre o qual a dissertação trata.

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Em nota divulgada pelo MEC, o economista nega plágio e promete revisar o texto, intitulado «Banrisul: do Proes ao IPO com governança corporativa», para averiguar falhas técnicas.

«O ministro refuta as alegações de dolo, informa que o trabalho foi aprovado pela instituição de ensino e que procurou creditar todos os pesquisadores e autores que serviram de referência e cujo conhecimento contribuiu sobremaneira para enriquecer seu trabalho», diz a nota. «Por respeito ao direito intelectual dos autores e pesquisadores citados, revisará seu trabalho e que, caso sejam identificadas omissões, procurará viabilizar junto à FGV uma solução para promover as devidas correções.»

Em comunicado anterior, Decotelli ainda buscou esclarecer a existência de um doutorado na Universidade Federal de Rosário, na Argentina, quando o ministro não concluiu nenhum doutorado. O professor da FGV afirma ter concluído os créditos do curso, porém sua tese não passou pela avaliação da banca.

Em vez de reapresentar tal tese e concluir o doutorado, Decotelli, por «compromissos no Brasil e, principalmente, do esgotamento dos recursos financeiros pessoais», decidiu retornar ao Brasil sem o título.

O pós-doutorado do ministro, que teria sido realizado na Alemanha, também foi questionado.

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