O engenheiro Érico Lucke recebeu alta nesta semana após seis meses de internação, incluindo 82 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O paciente teve paralisia facial, paradas cardiorrespiratórias e perda neurológica após beber uma cerveja Belorizontina, de um lote contaminado da empresa Backer.
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Ao deixar o hospital em Minas Gerais onde ficou pelos últimos meses, a vítima falou com a reportagem do Jornal da Band. «A Backer até hoje não entrou em contato com o meu advogado», diz. «Eu tenho custo com cuidadora, a minha família é de São Paulo e agora vou ter que custear apartamento, médicos».
O engenheiro pede que a empresa «se expresse melhor» e «não fique só atrás dos autos se defendendo». «Deveria contactar as vítimas e assumir o erro que foi cometido e que justiça seja feita».
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A cervejaria, que prometeu cumprir todas suas responsabilidades com as vítimas, afirma que aguarda os pacientes enviarem os documentos relacionados às despesas.
Após 5 meses de investigações, a Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito e indiciou 11 pessoas, 10 ligadas diretamente à cervejaria. Entre os crimes estão lesão corporal, contaminação de produto alimentício e homicídio.
O inquérito, finalizado com 29 vítimas, relatava 22 sobreviventes e sete mortos. Nesta segunda-feira (15), a polícia corrigiu a informação, afirmando que se trata de oito mortos. Outros 27 casos serão investigados.