Um levantamento do IFSC (Instituto de Física de São Carlos) da USP (Universidade de São Paulo) mostra que, em todo o mundo, 153 fármacos estão sendo testados como possíveis medicamentos contra a covid-19.
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No total, são 1.765 estudos feitos em pacientes de contraíram a doença, causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). “A análise revelou algumas surpresas e curiosidades”, afirma Adriano Andricopulo, responsável pelo levantamento. “Entre as substâncias há antivirais, antiparasitários e medicamentos desenvolvidos para diferentes condições.”
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Segundo a pesquisa, o antiviral ramdesivir é um dos mais promissores entre os pesquisados. O medicamento foi desenvolvido para combater o vírus ebola e é administrado de forma injetável. Outros dois antivirais que podem ser administrados por via oral, em comprimidos, também se mostraram possíveis candidatos para enfrentar a covid-19.
O primeiro, EIDD-2801, ataca a mesma enzima viral que o remdesivir e pode ser mais eficaz contra formas mutantes do vírus – o que evita a criação de resistência ao medicamento. Já o segundo, a EIDD-1931, busca atrapalhar o processo de transcrição do material genético do vírus. Assim, a sua replicação é interrompida, impedindo que a doença se espalhe.
Para Andricopulo, a comprovação de um tratamento por um fármaco ainda é distante. “A pouca eficácia dos medicamentos em investigação clínica sugere que o tratamento da covid-19 deva ser feito com uma combinação de fármacos, de acordo com a avaliação do quadro e das condições de cada paciente”, diz.
Seminário digital
A USP e a Aciesp (Academia de Ciências do Estado de São Paulo) apresentam, nesta quarta-feira (10), um seminário digital com o tema: “Vetores saudáveis: Desenvolvimento de Medicamentos e Vacinas para a COVID-19 e os Desafios em Saúde no Brasil”.
O evento terá a participação do médico Drauzio Varella e do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, além de Andricupulo. O evento terá início neste site às 16h.