A AGU (Advocacia-Geral da União) pode recorrer da decisão da Justiça que suspendeu a exigência de regularização do CPF para que a pessoa possa receber o auxílio emergencial de R$ 600. A decisão foi tomada pelo TRT-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) ao analisar uma ação apresentada pelo governo do Pará.
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Por causa da necessidade do documento em dia e da busca pela ajuda financeira, longas filas foram vistas nos últimos dias em agências da Caixa, dos Correios e da Receita Federal. Milhões de brasileiros ainda não sabem quando vão conseguir receber o dinheiro.
Na prática, a burocracia aliada a sistemas instáveis fazem o tempo virar inimigo para quem vê, aos poucos, a geladeira e a dispensa ficando vazias.
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A Regina Guerra é moradora de Praia Grande, tem 56 anos, fazia panfletagem, mas está impedida de trabalhar por causa da quarentena. Tão logo soube do auxílio emergencial de R$ 600, correu para fazer o cadastro no aplicativo da Caixa. Era pra ela ter recebido o valor, segundo o próprio calendário do banco, na terça-feira (14).
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Mas, até o momento, a Dataprev não concluiu a análise do cadastro dela, assim como o de milhões de brasileiros que estão na fila. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em entrevista à Rádio BandNews FM nesta semana, pediu paciência.
A diarista Silvia Galvão, de 54 anos, trabalhava, praticamente, todos os dias da semana. Com a pandemia, ficou sem serviço, assim como a filha, que também perdeu o emprego. Ela conta que, se não fosse o genro – que também está desempregado – para ajudar com o aplicativo, nem sabe como faria para se cadastrar e receber o auxílio.
Tanto a Silvia como a Regina dizem que o dinheiro na conta digital já ajuda, mas não resolve. Muita gente precisa, mesmo, é do dinheiro na mão. Só que os saques só serão permitidos a partir do dia 27 de abril
De acordo com a Caixa Econômica Federal, a ideia é evitar aglomerações nas agências e um colapso do sistema do banco.