Quando a quarentena para limitar a transmissão do novo coronavírus foi implantada em São Paulo, em 23 de março, 1 milhão de veículos circularam pela capital. Nesta quinta-feira, o número quase triplicou: 2,8 milhões estavam nas ruas.
Os dados, compilados pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) a partir das movimentações registradas pelo Waze, foram divulgados ontem pelo secretário municipal de Transportes e Mobilidade, Edson Caram, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) mostram também esse aumento na movimentação. A companhia informou que, desde o dia 23 do mês passado, vinha registrando 0 km de lentidão na cidade, com exceções em dois dias devido a acidentes.
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Ontem, o pico chegou a 13 km às 18h30, concentrados na zona sul, por excesso de veículos. “Queremos saber para onde esse pessoal nesses veículos está indo”, disse Caram. Ele lembrou que a recomendação não mudou: é para quem puder ficar em casa.
Monitoramento
O governo estadual anunciou ontem que está monitorando as movimentações por uma ferramenta que usa dados de telefonia móvel para indicar tendências de deslocamento. Ela mostra movimentações de pessoas a partir do celular, sem, no entanto, identificar o usuário.
Os dados mostram que o percentual de isolamento social no estado foi de 50% na quarta-feira. Para controlar a disseminação do vírus, o ideal é 70%.