Golpes relacionados ao coronavírus estão se proliferando pela internet e WhatsApp. Segundo a Apura Cybersecurity Intelligence, empresa especializada em segurança cibernética, 128.176 eventos (ocorrências) foram encontrados com as palavras “coronavírus”, “corona”, “COVID”, “COVID19”, “COVID-19”, além de 2.236 sites com domínio suspeito.
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Um dos golpes utiliza o programa Bolsa Família. Golpistas anunciam pelo WhatsApp que R$ 470 estariam sendo liberados para saque, para a aquisição de máscaras e álcool em gel. Para tanto, pedem que a pessoa responda a uma enquete e clique em “compartilhe no status”.
“Ao clicar e completar os passos solicitados, a vítima pode ser direcionada a sites que solicitam a instalação de aplicativos suspeitos. O intuito é, principalmente, roubar dados pessoais, para, evidentemente, fins ilegais e ilícitos”, diz Sandro Süffert, CEO da Apura.
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Outra tentativa de fraude, também pelo WhatsApp, oferece “Kit proteção – máscara + álcool gel – gratuitos!” e pede para o usuário clicar em um link específico. “A orientação é esta: não clicar, muito menos passar adiante”, ressalta Süffert.
A empresa alerta ainda para outros golpes. Um deles traz uma mensagem a respeito da liberação de saques do FGTS e PIS, do “auxílio cidadão” de R$ 200,00, destinado a trabalhadores autônomos, que leva o usuário a clicar em um link malicioso. Mais uma pegadinha é a mensagem envolvendo a marca de uma rede atacadista que estaria doando cestas-básicas com álcool em gel. Golpistas também estão utilizando o nome de operadoras de telefonia para oferecer ampliação do pacote de internet.
Segundo Süffert, alguns golpistas utilizam até informações reais para direcionam o usuário para um site malicioso. “Portanto, a recomendação é não clicar nos links enviados com as mensagens e validar a informação e os procedimentos corretos no site ou rede social oficial da empresa ou órgão governamental relacionado à informação”, afirma.
Dicas de proteção virtual
• Cautela.
Tenha cautela com quaisquer mensagens não solicitadas, mesmo que elas pareçam vir de uma organização com boa reputação ou um contato conhecido.
• Sem cliques.
Não clique em nenhum anexo ou links em mensagens não solicitadas.
• Pedido.
Se uma mensagem pede seus dados pessoais, cheque diretamente com o remetente em vez de clicar e fornecer esses dados.
• Dados.
Não coloque nome, CPF, endereço e número de cartões se não for na página de uma empresa ou órgão conhecidos.
• Endereço da web.
Averigue se o site tem a sigla “https”. É importante também verificar se há um ícone com referência a um cadeado na parte inferior do navegador.
• Ferramentas.
Use ferramentas para identificar e bloquear emails fraudulentos e downloads de sites maliciosos.