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Bolsonaro chama Greta Thunberg de ‘pirralha’; ativista de 16 anos responde

O presidente Jair Bolsonaro usou o termo «pirralha» para se referir à ativista sueca Greta Thunberg na manhã desta terça-feira (10). O líder do executivo brasileiro respondia perguntas de jornalistas na saída do Palácio da Alvorada quando foi questionado sobre as mortes de dois indígenas da etnia Guajajara no Maranhão, sábado (7), vítimas de um atentado.

«Qual o nome daquela menina lá, lá de fora? Tabata, como é? Greta. Já falou que índios estão morrendo porque estão defendendo a Amazônia. Impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, uma pirralha», afirmou.

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A ativista de 16 anos, conhecida na articulação contra os efeitos das mudanças climáticas, compartilhou a notícia da morte dos índios no domingo (8), com o seguinte texto: «Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentar proteger as florestas do desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso.»

Sobre o questionamento, Bolsonaro afirmou que «qualquer morte» preocupa o governo. E que é contra crimes ambientais. «Preocupa. Qualquer morte preocupa. Temos de cumprir a lei. Somos contra desmatamento ilegal, somos contra queimada ilegal. Tudo o que for contra a lei, somos contra», afirmou Bolsonaro.

Em resposta ao ataque, Greta mudou sua descrição do perfil do Twitter para «Pirralha».

Força Nacional

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou na segunda-feira, 9, o uso da Força Nacional de Segurança Pública para atuar na Terra Indígena Cana Brava Guajajara, no Maranhão, onde dois índios foram assassinados no último fim de semana após ataques a tiros – outros dois ficaram feridos. O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira traz a Portaria do Ministério da Justiça que autoriza o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio à Funai na Terra Indígena.

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