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Entenda a disputa pela liderança do PSL na Câmara dos Deputados

O fim da noite de quarta-feira (16) foi agitado nos corredores da Câmara dos Deputados, em Brasília. Um grupo de parlamentares protocolou um pedido para destituir o atual líder do partido, Delegado Waldir (PSL-GO), e colocar Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como titular na função.

A ação, de acordo com a colunista da rádio BandNews FM Mônica Bergamo teve interferência do presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, que fez reuniões com deputados para propor um mandato de seu filho como líder do PSL na Câmara até dezembro.

O grupo pró-Eduardo Bolsonaro reuniu 27 assinaturas, em documento entregue pelo líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO).

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Já a ala que apoia o presidente nacional do PSL, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE) também protocolou um pedido que reforça o nome de Delegado Waldir (PSL-GO), atual líder do partido, como nome final da bancada. O documento possui 32 assinaturas.

O fato curioso é que o PSL possui 53 deputados federais em atuação e, somando as listas dos dois grupos, há seis assinaturas a mais quando se somam os dois pedidos – o que levanta a hipótese de parlamentares que apoiaram os dois movimentos ou que tiveram suas assinaturas forjadas.

Com a disputa esquentando depois das 23h, o líder do PSL na Câmara dos Deputados deve ser conhecido apenas nesta quinta-feira (17), quando as listas serão avaliadas pela Secretaria-Geral da Casa. O PSL teve sua crise agravada quando o presidente Jair Bolsonaro disse a um apoiador para “esquecer o partido” e acusou Bivar de estar “queimado pra caramba”.

Áudio de Bolsonaro

Um áudio atribuído ao presidente da República, Jair Bolsonaro, mostra um esforço do político, também do PSL, em trocar o líder do partido na Câmara dos Deputados. Os áudios, divulgados pela revista Crusoé na quarta, apontam que Bolsonaro buscou assinaturas para destituir Waldir e substituí-lo pelo filho Eduardo.

“Olha só, estamos com 26, falta uma assinatura para a gente tirar o líder e botar o outro”, afirmou. “E a gente acerta que, entrando o outro agora, em dezembro tem eleições para o futuro líder a partir do ano que vem.”

Na manhã desta quinta, Bolsonaro disse que não discute «publicamente» a disputa pela liderança do PSL na Câmara e que, caso seu telefone tenha sido grampeado, tratou-se de «uma desonestidade».

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