Motivo de protestos por ambientalistas e ONGs, a possível implantação do porto seco Centro Logístico Campo Grande, no distrito de Paranapiacaba, em Santo André, foi postergada mais uma vez. A proposta voltou à luz com a revisão do plano diretor na Câmara, porém, a primeira votação do projeto foi adiada ontem por cinco sessões.
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A revisão do plano diretor está no Legislativo desde abril, após encaminhamento do prefeito Paulinho Serra (PSDB). No entanto, o governo enviou ao Parlamento uma emenda ao texto original, prevendo uma zona desenvolvimento compatível, o que alertou os segmentos contrários à construção do porto seco.
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Segundo o presidente da Câmara, Pedrinho Botaro (PSDB), o motivo para o adiamento foi um pedido da própria Prefeitura, que pode retirar a redação do Legislativo para alterações, mas negou que a medida tenha ligação à mensagem aditiva. “O governo sinalizou que pode retirar o projeto de lei, por conta de algumas discrepâncias no texto”, justificou.
O ambientalista e presidente do MDV (Movimento em Defesa da Vida do ABC), Virgílio Alcides Farias, classificou a emenda como manobra do governo pela implantação do empreendimento. “Fizemos a denúncia aos ministérios públicos federal e estadual, temos uma ação popular ambiental e vou para delegacia ambiental”, disse.
Em nota, a Prefeitura de Santo André negou que o plano diretor autorize o porto seco.
Por sua vez, o Centro Logístico Campo Grande afirmou que a revisão do plano diretor não está relacionada com a aprovação do empreendimento, visto que depende na verdade da licença por parte da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), entre outras autorizações. O grupo citou que o porto seco seria situado próximo a uma indústria química já existente no local.