O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, disse nesta segunda-feira que o governo estuda impor restrições a deduções do Imposto de Renda. A declaração representa uma mudança em relação à indicação dada na semana passada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de que as deduções de educação e saúde poderiam ser extintas.
“Hoje existe um benefício excessivo a famílias de alta renda, que usa medicina particular e não usa o SUS. O grosso da população usa o SUS e não tem nenhuma dedução”, disse Cintra depois de palestra na ACSP (Associação Comercial de São Paulo). “Vamos estabelecer um teto que seja justo, e não dê excesso de privilégios e benefícios àqueles que não precisam.”
O governo planeja apresentar a sua proposta de reforma tributária na semana que vem. Uma das medidas em estudo é a criação de um imposto sobre transações financeiras.
Recomendados
Lotofácil 3083: resultado do sorteio desta sexta-feira (19)
Sem empréstimo, sem enterro! Tio Paulo ainda não foi enterrado porque família alega não ter dinheiro
“Tio Paulo” era um homem simples, sem mulher ou filhos, dizem vizinhos. “Gosta de um biricutico”
Mas a ideia de taxar operações de pagamento tem sofrido críticas inclusive dentro do governo, por lembrar a antiga CPMF, extinta em 2007. Na sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo não tem planos de recriar a CPMF.
Maia descarta nova CPMF
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também assegurou que uma eventual tentativa de recriação da CPMF não será aprovada na Câmara dos Deputados.
“A única certeza que eu tenho — e falo com toda liberdade, até porque o presidente da República também já falou, não fica parecendo que é um conflito meu com a equipe econômica — é que nós não vamos retomar a CPMF na Câmara em hipótese nenhuma”, disse.