O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, disse nesta segunda-feira que o governo estuda impor restrições a deduções do Imposto de Renda. A declaração representa uma mudança em relação à indicação dada na semana passada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de que as deduções de educação e saúde poderiam ser extintas.
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“Hoje existe um benefício excessivo a famílias de alta renda, que usa medicina particular e não usa o SUS. O grosso da população usa o SUS e não tem nenhuma dedução”, disse Cintra depois de palestra na ACSP (Associação Comercial de São Paulo). “Vamos estabelecer um teto que seja justo, e não dê excesso de privilégios e benefícios àqueles que não precisam.”
O governo planeja apresentar a sua proposta de reforma tributária na semana que vem. Uma das medidas em estudo é a criação de um imposto sobre transações financeiras.
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Mas a ideia de taxar operações de pagamento tem sofrido críticas inclusive dentro do governo, por lembrar a antiga CPMF, extinta em 2007. Na sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo não tem planos de recriar a CPMF.
Maia descarta nova CPMF
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também assegurou que uma eventual tentativa de recriação da CPMF não será aprovada na Câmara dos Deputados.
“A única certeza que eu tenho — e falo com toda liberdade, até porque o presidente da República também já falou, não fica parecendo que é um conflito meu com a equipe econômica — é que nós não vamos retomar a CPMF na Câmara em hipótese nenhuma”, disse.