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Casos de sarampo sobem 164% no mês na cidade de São Paulo

Enfermeira prepara dose de vacina no Metrô Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress

Se até meados de junho a cidade somava poucas dezenas de casos de sarampo, de lá para cá a doença explodiu na cidade. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, até sábado havia 363 confirmações de sarampo na capital, 164% a mais do que os 137 registrados até 1º de julho.

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A cada suspeita, a secretaria municipal faz um bloqueio vacinal, imunizando as pessoas que frequentam os mesmos locais que os pacientes que podem estar com a doença. De acordo com a pasta, foram 843 ações do tipo desde março, com aplicação de 32.732 vacinas.

Além disso, em 10 de junho foi lançada campanha de vacinação com objetivo de imunizar 2,9 milhões de pessoas de 15 a 29 anos, faixa etária com menor probabilidade de ter recebido duas doses da vacina.

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Com adesão de 5%, ela foi prorrogada até 16 de agosto. Mas, até sábado, segundo a secretaria estadual, apenas 189,6 mil pessoas tinham tomado a dose –6,5% do total. Isso porque no sábado havia força-tarefa na cidade, com vacinação em supermercados, igrejas, estações de metrô e trem e todas as UBSs abertas para a ação, o que resultou em 30 mil doses aplicadas. Para a cobertura vacinal ser eficiente, 95% da população alvo precisa ser imunizada.

Nesta semana as doses seguem sendo aplicadas em postos de saúde e estações de metrô, de trem e terminais de ônibus, para estimular a vacinação e tentar frear a transmissão.

E por que tantas ações contra a doença? Porque o sarampo é uma doença altamente transmissível, que pode evoluir para complicações mais graves –como otite, pneumonia e cegueira– e até matar.

“O sarampo tem alta transmissibilidade: quando uma pessoa contrai o vírus, pode contaminar outras 20 antes mesmo de saber que está com a doença. Seis dias antes de aparecerem os sintomas, a pessoa já transmite o vírus”, alerta Helena Sato, diretora de imunização do estado.

Vacinação contra o sarampo

Período: até 16 de agosto

  1. Público-alvo:
    2,9 milhões de pessoas de 15 a 29 anos que não tenham tomado a segunda dose da vacina de sarampo
  2. Onde:
    Nas UBSs e em algumas estações de metrô, trem e terminais de ônibus
  3. Restrições:
    Gestantes e imunodeprimidos, que são pessoas com baixa imunidade, transplantados ou em tratamento de câncer, devem avaliar com seus médicos se podem tomar a dose
  4. A doença:
    O sarampo é uma doença altamente contagiosa, potencialmente grave, transmitida pela fala, tosse e espirro. Ela não tem tratamento e pode causar infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e doenças neurológicas, levando até a morte

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