A Odebrecht oficializou, nesta segunda-feira (17), o pedido de recuperação judicial. O pedido ajuizado contempla R$ 51 bilhões de dívidas concursais, ou seja, passíveis de proteção de credores pela Justiça, excluídos neste montante os valores entre as próprias empresas do Grupo e créditos extraconcursais.
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A companhia enfrenta dificuldades desde o início dos trabalhos da Operação Lava Jato. Um comunicado interno, publicado no site da empresa, atribui a decisão ao «vencimento de algumas dívidas e a ataques judiciais que trariam prejuízos significativos às nossas empresas».
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Em nota assinada pelo diretor presidente Luciano Guidolin, a empreiteira disse que todas as empresas do grupo continuarão com as atividades normalmente e que manterá informados os acionistas, integrantes e todas as partes interessadas no processo.
Não são inclusas no pedido de recuperação judicial algumas das sociedades formadas pela Odebrecht, como a Braskem S.A., Odebrecht Engenharia e Construção S.A., Ocyan S.A., OR S.A., Odebrecht Transport S.A., Enseada Industria Naval S.A. A Odebrecht Corretora de Seguros, Odebrecht Previdência e Fundação Odebrecht também ficaram de fora.
A empreiteira, afetada pela crise econômica e com a reputação minada após escândalos de corrupção no Brasil e internacionalmente, chegou a manter apenas 48 mil postos de trabalho – grande redução frente aos 180 mil que já atingiu.
A Odebrecht afirma ainda que continua empreendendo todos os esforços para otimizar sua liquidez e normalizar sua estrutura de capital, «com o objetivo de reestruturar seus negócios de forma definitiva, viabilizando, assim, a manutenção dos empregos, do conhecimento tecnológico brasileiro e a criação de valor sustentável no interesse da sociedade e demais partes interessadas».