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Quadrilha sacou R$ 20 mi em seguro-desemprego; ao menos 10 foram presos

Documentos falsificados pela quadrilha com mesma foto e nome, mas números diferentes Divulgação/Polícia Federal
Documentos falsificados pela quadrilha com mesma foto e nome, mas números diferentes

A PF (Polícia Federal) realizou prisões na segunda-feira (15) de integrantes de quadrilha que fraudava documentos e criava empresas fantasmas para obter de forma fraudulenta o seguro-desemprego pago pelo governo federal. De acordo com a investigação, o grupo recebeu desde 2015 13.276 parcelas do benefício, em prejuízo estimado em cerca de R$ 20 milhões. Outros R$ 10 milhões ainda poderiam ser sacados sem as prisões.

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Esta foi a segunda etapa da operação Mendacium (falsidade, em latim), que em setembro do ano passado prendeu dois irmãos de Goiás considerados os líderes do grupo. Mas, de acordo com a PF, as fraudes ainda continuavam.

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Na segunda fase ontem, foram 21 mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão. Mauá concentrou 10 pedidos de prisão e 6 de busca e apreensão. Os restantes foram realizados em São Paulo (4 e 4, respectivamente), Porangatu (2 e 2), em Goiás, e Ibicuí (5 de prisões preventiva), na Bahia. Até a tarde de ontem, 10 pessoas haviam sido detidas.

Fraudes

As investigações da PF tiveram início em 2017 após a denúncia de um homem que precisou do benefício e descobriu que já havia alguém recebendo seu seguro-desemprego.

De acordo com a delegada federal Sabrina de Freitas Soares, as fraudes tiveram início com uso de documentos de pessoas que aceitavam participar do esquema, mas mais tarde passaram a ser realizadas com uso de documentos de identidade falsificados. “Existem 50 identidades da mesma pessoa com dados diferentes. Eles fabricavam RGs com qualidade boa. Depois, os usavam para tirar CPF, carteira de trabalho, criavam holerite e os integrantes da quadrilha usavam os documentos para pedir o benefício”, explicou.

A investigação detectou a existência de 408 empresas falsas que eram utilizadas para fraudar os vínculos empregatícios. O grupo costumava solicitar o maior valor disponível para o seguro-desemprego, de R$ 1,8 mil.

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