Uma dívida de R$ 20 mil, o nome sujo, a carteira de habilitação cassada, um carro que não pode circular, além de uma dor de cabeça que nunca tem fim. Essa é a realidade da empresária Ana Paula Madoglio, que teve o veículo clonado no fim de 2016 e, mesmo apresentando provas, não consegue resolver o problema.
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O carro, comprado zero quilômetro, nunca saiu do estado de São Paulo, mas acumula multas tomadas no Pará, Goiás e Mato Grosso. Ao todo, são mais de 30 multas, no valor de R$ 13 mil, além do IPVA e do licenciamento atrasados.
A empresária chegou a procurar o Detran, mas recebeu uma resposta que não esperava – isso, depois de fazer dois boletins de ocorrência antes de ir à Justiça. «O atendente disse que eu não poderia circular com o veículo e que ele poderia ser apreendido», disse ela.
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Na Justiça Federal, o pedido foi indeferido, mesmo depois de a empresária mostrar uma prova incontestável. Em 19 de dezembro de 2016, ela foi jantar com o irmão no Shopping Morumbi – o registro foi feito pelo Sem Parar – e também tomou uma multa em Castanhal, no Pará, distante 2.850 quilômetros.
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Em 2017, Ana Paula recebeu uma mensagem no Facebook afirmando que alguém estava com uma procuração dela assinada no Cartório de Registro Civil do Ipiranga, onde nunca esteve. A advogada dela, Ana Dotta, diz que a empresária tentou de tudo e, mesmo assim, não consegue resolver o problema.
Em nota, o Detran pede que a empresária compareça o mais breve o possível à sede do órgão na rua Boa Vista e procure a Diretoria de Fiscalização, no setor de Busca e Apreensão; o objetivo é instaurar uma investigação de suspeita de veículo dublê.
Depois disso, ela poderá recorrer das multas. A Justiça alega que Ana Paula já recorreu da última decisão, na qual o juiz apontou desencontro de informações.
Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que a Polícia Civil registrou os boletins de ocorrência e policiais realizaram buscas pelo veículo clonado. O órgão disse ainda que notificou outros Estados sobre a ocorrência.