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Operação prende cinco engenheiros responsáveis por barragem de Brumadinho que cedeu

Moradores observam a lama em Brumadinho Washington Alves/Reuters

A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (29) cinco engenheiros que teriam responsabilidade pela barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que cedeu na sexta-feira (25) e matou ao menos 65 pessoas – outras 279 continuam desaparecidas. A operação contou com participação do MP-MG (Ministério Público do Estado de Minas Gerais) e do MPF (Ministério Público Federal).

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Três dos presos são funcionários da Vale, empresa que administra a barragem. Eles seriam diretamente envolvidos e responsáveis pelo empreendimento minerário e seu licenciamento. Os outros dois detidos são engenheiros terceirizados que atestaram a estabilidade da barragem, de acordo com o MP-MG, em data recente.

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As prisões são temporárias e tem prazo de 30 dias. Neste período, os cinco deverão prestar depoimento aos órgãos, que apuram a responsabilidade criminal pelo rompimento das barragens. Enquanto os engenheiros da Vale foram presos em Minas Gerais, os terceirizados foram detidos em São Paulo.

Outros cinco mandados de busca e apreensão também foram cumpridos, inclusive na sede da Vale em Nova Lima (MG), e em uma empresa que prestou serviços de consultoria na área de barragens, com escritório em São Paulo.

Em nota, a Vale afirmou que está colaborando com as autoridades e vai contribuir com as investigações para apurar as responsabilidades pelo rompimento da barragem, assim como oferecer apoio às famílias atingidas. Ontem, a empresa afirmou que daria R$ 100 mil a cada família que teve um parente morto na tragédia – segundo a empresa, trata-se de doação, e não de indenização.

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