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Familiares de ex-assessor de Flávio Bolsonaro prestam depoimento sobre movimentação suspeita

Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro Reprodução

Os familiares de Fabrício José Carlos Queiroz, ex-motorista e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, serão ouvidos nesta terça-feira (8) pelo MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro).

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Queiroz foi citado em um relatório apresentado pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e não compareceu ao MP-RJ em duas ocasiões para prestar depoimento.

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De acordo com a Promotoria, a defesa do investigado apresentou no dia 27 de dezembro atestados que comprovam enfermidade do ex-assessor de Flávio Bolsonaro e afirmou ainda que ele se submeterá a cirurgia urgente. Segundo os advogados, Queiroz estará à disposição para prestar depoimento “tão logo tenha autorização médica”.

O senador Flávio Bolsonaro também foi convidado para prestar depoimento. A sessão foi marcada para a próxima quinta-feira, mas de acordo com o MPRJ, a oitiva pode ser remarcada já que ele tem prerrogativa parlamentar.

Entenda o caso

Os procuradores querem explicações sobre a quantia movimentada por Queiroz entre 2016 e 2017: R$ 1,2 milhão, como aponta o relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão ligado ao Ministério da Fazenda. O valor é incompatível com o salário de R$ 8.517 que ele recebia como motorista de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado), com cargo em comissão de Assessor Parlamentar III, símbolo CCDAL- 3. Segundo o relatório do Coaf, ele ainda tinha rendimentos mensais de R$ 12,6 mil da Polícia Militar.

Ainda de acordo com o Coaf, sete funcionários do gabinete de Flávio fizeram transferências para o ex-assessor, a maior parte coincidia com as datas de pagamento na Alerj. O documento também mostra um repasse de R$ 24 mil de Queiroz para a futura primeira-dama, Michelle. O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), pai de Flávio, afirmou que o dinheiro foi a devolução de um empréstimo no valor total de R$ 40 mil.

Em entrevista ao SBT, Queiroz negou que as movimentações foram ilegais. «Eu sou um cara de negócios. Eu faço dinheiro, compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro… Sempre fui assim», disse.

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