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Procuradores da Lava Jato dizem que decisão de Marco Aurélio “consagra a impunidade”

O procurador Deltan Dallagnol Pedro de Oliveira/Assembleia Leg. do Paraná

O procurador Deltan Dallagnol, que coordena a força tarefa Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal), disse que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello põe em risco a operação e outras investigações de corrupção no país. Para ele, a decisão é “equivocada”, por contrariar entendimento anterior do STF (Supremo Tribunal Federal), e “consagra a impunidade”.

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“Entendemos que é uma decisão isolada de um ministro do STF”, disse. “Entendemos ainda que a decisão contraria o desejo da sociedade, que deseja o fim da impunidade. Ela consagrada a impunidade”.

Para o procurador, a falta de perspectiva da execução provisória da pena inviabiliza os acordos de delação premiada. “Quando não existe a execução provisória da pena em relação ao réu de colarinho branco, não existe a perspectiva de punição. E ninguém colabora com a justiça”, afirmou. “Estamos diante de uma decisão que afeta a existência da Lava Jato, e não só os resultados, mas a própria existência da Lava Jato”.

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Segundo Dallagnol, 35 condenados em segunda instância em ações da Lava Jato estão presos, mas ele não soube precisar quem são. O procurador do MPF Diogo Castor de Mattos citou o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o empresário Natalino Bertin, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada e João Augusto Henriques, apontado como operador de propinas do PMDB. Mattos lembrou ainda que que o tema foi discutido quatro vezes pelo STF, que manteve a execução provisória.

Clique abaixo e assista:

Lava Jato fala sobre decisão de Marco Aurélio Mello Procuradores da Lava Jato comentam decisão de ministro que mandou soltar todos os presos condenados em 2ª instância. Publicado por BandNews TV en Miércoles, 19 de diciembre de 2018

 

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