Filho e neto de agricultores, Francisco Ruzene, o Chicão, decidiu abandonar o tradicional plantio de arroz agulhinha, o mais consumido do país, para apostar no desconhecido arroz negro. Foi a saída encontrada pelo empresário de Pindamonhagaba, no Vale do Paraíba (SP), para enfrentar a concorrência da produção em grande escala e a custo baixo no Sul do país.
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A mudança veio em 2005 a partir de um projeto do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) para desenvolver arrozes especiais na região. Depois de ouvir de empresas que era preciso fazer estudo de mercado para lançar o produto e quase perder 80 toneladas de produção, Chicão decidiu criar sua marca, a Ruzene.
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A virada começou em uma feira do setor de alimentos em 2006, quando as amostras do seu arroz foram parar nas mãos de Alex Atala, que introduziu o produto no cardápio do D.O.M e decidiu incentivar o negócio. A partir daí, outros restaurantes famosos passaram a comprar do agricultor.
“Conseguimos abrir o mercado de arroz especial no Brasil”, diz Chicão. Hoje, a Ruzene, que mantém um centro de pesquisa e desenvolvimento de arrozes especiais, comercializa 15 variedades do cereal. Os produtos estão em empórios, são envazados por marcas como Camil e já começam a ser vendidos nos EUA e Europa.