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CET encerra ação que aplicou 1 milhão de ‘multas morais’

Recado ao apressadinhos. Monitoramento que advertiu motoristas que excederam a velocidade média foi testado em quatro vias da capital e não tem prazo para ser retomado

Avenida 23 de Maio foi um dos endereços em que os testes foram realizados André Porto/Metro

Lançada há um ano para dar uma lição nos motoristas que andam acelerando por aí e só pisam no freio quando se aproximam dos radares, a ação que distribui advertências para os que excedem a velocidade média foi encerrada pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

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Iniciado em 1º de novembro do ano passado, o monitoramento foi realizado em trechos de quatro vias da capital (marginal Tietê e nas avenidas dos Bandeirantes, Jacu-Pêssego e 23 de Maio) e resultou na aplicação de 1.088.066 “multas morais”.

Foram advertidos os motoristas que passaram pelo trecho entre dois radares mais rápido do que o tempo que levariam se estivessem dirigindo dentro da velocidade máxima permitida.

Como a infração pela velocidade média ainda não está regulamentada no país, a companhia enviou apenas uma notificação educativa para os motoristas – sem peso de multa, cobrança ou soma de pontos na carteira.

Segundo a CET, a “medida foi iniciada em caráter experimental para conscientizar o condutor sobre a necessidade de trafegar de acordo com as leis de trânsito em todos os trechos das vias da cidade e não apenas em pontos próximos de radares.”

O monitoramento foi encerrado em julho pela companhia – e só comunicado agora – e não há previsão, por ora, de ser retomado nos mesmos endereços nem em outros locais da capital.

Mestre em transportes e professor da FEI (Fundação Educacional Inaciana), o engenheiro Creso de Franco Peixoto entende que a CET cumpriu o seu papel com os testes e que agora é avançar na legislação para tornar a aplicação de multas pela velocidade média possível.

“Há um Congresso novo se instalando e temos a chance de discutir o tema de forma técnica, não só pelas questões sociopolíticas e econômicas. O modelo atual do monitoramento pelos radares está se esgotando e precisamos controlar a velocidade de forma severa para termos um trânsito mais seguro.”

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