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Estados Unidos vai às urnas para eleger Câmara, Senado e governadores

Convenção do partido Republicano em Cleveland, Ohio. Aaron Josefczyk/Reuters

Os norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira (6) para eleger um terço dos senadores, todos os 435 deputados e governadores em 75% dos estados. Mas mesmo fora das cédulas, é o presidente Donald Trump quem aparece no centro da disputa.

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Pesquisa divulgada pela CNN mostra que sete em cada 10 eleitores dizem que seus votos neste ano serão contra (42%) ou a favor (28%) do chefe da Casa Branca.

As eleições “midterms” acontecem sempre na metade do mandato presidencial e funcionam como termômetro para a popularidade do governo. Trump se esforçou nas últimas semanas antes das eleições para reforçar sua postura contra a imigração e tentou mostrar melhora econômica no país.

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Mas projeções recentes indicam enfraquecimento dos republicanos, partido do presidente, em relação aos democratas de Barack Obama.

Segundo o site “FiveThirtyEight”, do estatístico Nate Silver, o Partido Democrata tem 85,6% de chances de retomar o controle da Câmara. A maioria daria ao partido oportunidade de aprovar investigações e pedidos de impeachment contra Trump. Para o Senado, porém, os republicanos devem continuar na liderança, já que os democratas representam 24 das 35 cadeiras que deixam o cargo neste ano.

Entrevista: Fletcher McClellan

Professor de ciências políticas do Colégio Elizabethtown analisa a disputa.

Como vê a eleição?
Trump aumentou suas apostas fazendo campanha furiosa em áreas onde é popular. Isso deve ajudar os republicanos e talvez salve senadores vulneráveis. Por outro lado, o presidente é cada vez mais impopular em áreas suburbanas, especialmente entre as mulheres, e isso condenará o partido na Câmara dos Deputados. Tudo indica que veremos a maior participação popular nas eleições da história.

Trump se beneficiou da Caravana de Imigrantes?
Os trágicos acontecimentos da semana passada, que culminaram no assassinato de judeus em sinagoga de Pittsburgh, mostraram as mentiras que cercam a caravana. Estimulado pelas histórias da Fox News que alegam falsamente que a caravana foi organizada por grupos de apoio a refugiados judeus, o atirador, que era um antissemita, decidiu atirar. Não diria que esses eventos aumentaram o apoio, mas revelaram a intolerância por trás dos esforços contra imigrantes.

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