Com a economia em ritmo lento, só metade das micro e pequenas indústrias paulistas que tentaram obter crédito em julho conseguiu, o equivalente a 6% do total. A retração da atividade industrial também contribuiu para a queda da busca por crédito, de 16% para 12% das empresas, em um mês.
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O levantamento, do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi), aponta que no comparativo anual de agosto, até a busca por recursos para capital de giro, a modalidade de crédito usada para manter a empresa respirando, caiu.
«A estimativa é que o crédito não irá voltar aos patamares pré-crise antes de 2022. Os últimos dados positivos que tivemos para a micro e pequena indústria são de 2014 e quase 70% das empresas correm risco de fechamento. Vamos ter mais um ano perdido», lamenta o presidente do Simpi, Joseph Couri.
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Ao contrário do que o setor imaginava no começo do ano, as consultas por crédito ainda continuam estagnadas em relação a 2017. Entre os motivos apontados pelos industriais de pequeno porte estão a lentidão da recuperação da economia e a falta de clareza nos rumos do País a partir do ano que vem.
Além das barreiras para tomar financiamento para capital de giro, o empresário não encontra apoio para investir. Dona de uma pequena fábrica de materiais esportivos, Nathalie Mikellides tentou um empréstimo de R$ 80 mil, para comprar maquinário e aumentar a capacidade de produção do negócio, por meio de uma linha de crédito para pequenas empresas, mas a resposta foi decepcionante.
«Eu tinha todos os documentos em dia, todo o cadastro limpo, mas não aprovaram o valor que pedi. No fim, disseram que eu só teria direito a R$ 2 mil.»
Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que as políticas e critérios para concessão de crédito variam de banco para banco, de acordo com a estratégia comercial de cada instituição. As informações são do jornal